FOTOS: Rodrigo Santos/SecomA partir das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Amazonas para incentivo e apoio aos piscicultores do interior do Estado, a atividade ganhou impulso com aumento da produtividade e geração de emprego e renda. Entre os programas que beneficiam os trabalhadores, estão a Doação Onerosa de aeradores para piscicultura e a aquisição do pescado para o “Peixe no Prato Solidário”, geridos pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).
Por Agência Amazonas
Com utilização de aeradores subsidiados pela ADS, produtividade do tambaqui roelo poderá aumentar em até quatro vezes
Ao todo, 10 equipamentos foram adquiridos em 2022 e o restante foi entregue nesta quinta-feira (02/03), data em que técnicos da ADS também auxiliaram no processo de despesca de 4 toneladas de tambaqui.
Na propriedade do piscicultor Egídio Cassol, de 55 anos, no município do Careiro Castanho (a 86 quilômetros de Manaus), a quantidade de tambaqui produzida em 46 viveiros dentro de uma área de dez hectares de lâmina d’água poderá ser quatro vezes maior, a partir da aquisição de 20 aeradores trifásicos, por meio do edital de Doação Onerosa.
No local, o piscicultor gera 25 empregos diretos e indiretos, além de integrar a Cooperativa de Aquicultores e Produtores Rurais do Careiro Castanho, por meio da qual os piscicultores incentivam e se organizam para comercializar o pescado. O objetivo é ampliar a produção para atender a grande demanda local, seja para o mercado consumidor ou para o Governo, que adquire para, então, distribuir às famílias em situação de vulnerabilidade por meio das edições do Peixe no Prato Solidário, que integra o Programa de Agricultura Familiar (PAF).
“Vem trazendo mecanismos que nos ajudam a aumentar a produção, produzir mais em um espaço menor. Nós vamos chegar, até o final do ano, produzindo uma quantidade de 15 toneladas por hectare, atingindo no final do ciclo 1,5 milhão de toneladas”, explica Cassol.
A maior produtividade a partir da utilização dos aeradores se deve ao aumento da circulação de oxigênio nos tanques de piscicultura. “Pela parte da noite, reduz a quantidade de oxigênio no viveiro, mas os peixes continuam consumindo. Portanto, o equipamento vai gerar fluxo de oxigênio na água e, consequentemente, gera bem estar ao animal”, explicou o diretor técnico da ADS, Leandro Goes.
Maior produtividadeEm virtude dos benefícios dos aeradores, será possível aumentar de 400 para 1,5 mil a quantidade de peixes retirados do mesmo viveiro, sem a necessidade de aumentar o espaço já utilizado. Isso por causa da perspectiva de redução do tempo de engorda dos peixes de 12 para oito meses, algo promissor para o segundo estado que mais consome pescado no País.
“Eu sou pescador, pesco não só aqui, mas para fora também. Além de tirar nossa renda, é importante porque não fornece só trabalho pra gente, mas também alimento para outras pessoas”, disse o piscicultor Ítalo Santos, de 23 anos.