Todo o trabalho foi realizado no início da BR-319, no Distrito Industrial, em Manaus, e coordenado pelo delegado da PC-AM em conjunto com o delegado da PF, Thiago Monteiro, e contou com as ações de peritos do Departamento de Polícia Técnico-Científica, da SSP-AM, e da PF. A reconstituição foi acompanhada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) monitoraram o trânsito.
Os trabalhos foram realizados pela Polícia Civil do Amazonas em conjunto com a Polícia Federal, que investigam o caso. (Fotos: Carlos Soares/SSP-AM)A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em conjunto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e Polícia Federal no Amazonas (PF/AM) realizaram, na manhã desta quinta-feira (10/08), a reconstituição do desabamento da ponte sobre o rio Curuçá, localizada na BR-319. O delegado da 35ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), David Jordão, explicou que a simulação buscou reproduzir a tonelagem dos veículos que estavam sobre a ponte no momento da tragédia, que vitimou cinco pessoas e deixou outras 14 feridas, em setembro do ano passado.
Diligências
Também estiveram presentes na reconstituição testemunhas e motoristas que estavam conduzindo os veículos, no momento em que a ponte desabou.
Jordão ressaltou, ainda, que o inquérito tem sua complexidade e a atividade realizada é uma das fases das investigações. “Nós tivemos 60 laudas só de depoimentos. Foram 14 pessoas feridas e cinco pessoas que morreram, fora os laudos técnicos que são muito específicos, que saem da parte do direito para a parte de engenharia. Isso demanda tempo para ser maturado e essa fase de hoje é uma das diligências essenciais para chegarmos ao ponto final, que é a conclusão e o relatório encaminhado à Justiça com possíveis investigados e responsáveis”.
O delegado que conduz o inquérito pela PC-AM, David Jordão, classificou a ação como exitosa e que vai subsidiar ainda mais o inquérito, que devido a sua complexidade está em curso. “Tivemos uma atividade muito proveitosa, onde foi possível estabelecer o local onde cada veículo se posicionou sobre a ponte. Isso vai nos subsidiar para que possamos atestar, de forma bem direta, qual é o peso que cada pilar recebia no momento anterior à queda da ponte”, destacou.
Monteiro acrescentou que todos os dados colhidos nesta quinta-feira serão encaminhados para o setor técnico da PF em Brasília, para subsidiar o inquérito que está em andamento junto à instituição.
Além do inquérito instaurado pela PC-AM, outra investigação em curso é realizada pela Polícia Federal no Amazonas. O delegado da PF, Thiago Monteiro, esteve acompanhando a reprodução simulada. “Agradecemos a oportunidade de participar de um evento organizado pela Polícia Civil, que foi bastante proveitoso. Neste evento, tentamos entender como estava o dispositivo, como estava antes ao fato gerador, para a gente saber a responsabilização de cada um, qual o fato que culminou com esse acidente, afinal, a sociedade carece de uma resposta”, frisou.