Os trabalhos iniciais se concentram no primeiro prédio de reconversão de uso e arquitetônica, que tem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) do Amazonas, localizado na avenida 7 de Setembro, esquina com a rua Visconde de Mauá.A Prefeitura de Manaus já iniciou as obras das primeiras intervenções do programa “Nosso Centro”, da gestão David Almeida, e realizou visita técnica da equipe do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), neste sábado, 11/3. O órgão assina o projeto arquitetônico do complexo mirante de São Vicente.
A empresa vencedora da licitação, RED Engenharia, começou a obra com a fase de limpeza e demolições. O prédio estava abandonado. “E, junto ao mirante, teremos o largo e a reforma e o restauro do casarão Thiago de Mello, tudo em associação com a paisagem do rio Negro. É um marco para a nossa cidade, no território mais antigo da capital, que recebe projetos de reabilitação urbana”, comentou.
“É a primeira etapa do programa ‘Nosso Centro’, que o prefeito lançou como meta de governo. Estamos, hoje, no mirante Lúcia Almeida, que se trata de uma intervenção que vai recuperar uma edificação existente, que será revitalizada para abrigar diversas ações, novos negócios, artesanato, turismo, cultura, arte, lazer, contemplação e a nossa gastronomia”, destacou o vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade.
Andrade frisou que o Iphan Amazonas foi parceiro nessa construção coletiva para aprovação do complexo, com debate, análises e muitas reuniões. “Eles compraram a ideia do prefeito David Almeida e precisamos reconhecer esse trabalho desenvolvido pelo Iphan. Eles têm o interesse de cuidar e preservar, mas também de promover o centro histórico, de ter um local com vida”, disse o arquiteto e urbanista.
Para Andrade, é de fundamental importância que a população tenha mais uma área pública de qualidade para usufruir de estrutura urbana, tendo acesso à beleza do patrimônio histórico, da cidade e da natureza.
Serviços
E o complexo ainda contará com um pier, que terá um cenário específico para atender serviços públicos, turistas e população com um atracadouro. O valor global da empreitada é de R$ 45,8 milhões.
No projeto, os arquitetos projetaram um edifício com vãos livres para liberar a vista ao ambiente. O uso de formas e silhuetas botânicas, em vez de linhas retas, como o teto que remete às ondas do rio no mirante, é uma característica em projetos biofílicos.
Os serviços iniciam com trabalhos de limpeza e demolição, e a obra praticamente terá três grandes frentes, começando pelo prédio que, durante anos, foi sede da extinta Companhia Energética do Amazonas (Ceam). O prazo de execução é de 300 dias. O edifício tem quatro andares, sendo térreo e mais três.
Outra frente será o casarão Thiago de Mello, que passará por reforma e restauro da edificação histórica com alterações na fachada e em planta, que vai abrigar o futuro museu dedicado à arte amazonense.
Casarão
O imóvel faz parte de um conjunto arquitetônico de grande relevância para a cidade, em razão da sua localização na rua Bernardo Ramos, uma das vias mais antigas de Manaus. Localiza-se em área de tombamento federal, na vizinhança de outros edifícios históricos, como o casarão de São Vicente, Centro Cultural Óscar Ramos, Museu da Cidade de Manaus, praça Dom Pedro II, Casarão da Inovação Cassina, Palácio Rio Branco, dentre outros.
O casarão fica na rua Bernardo Ramos, nº 66, Centro, sendo de arquitetura eclética de dois pavimentos, hoje sem uso e abandonado.
O projeto prevê uma via projetada, que passará a interligar a 7 de Setembro com a Visconde de Mauá, abrindo o fluxo para ampliar a acessibilidade, mobilidade e segurança na área, além de servir para escoamento de público e trânsito.
O uso proposto para o casarão será de museu que conserva, difunde e expõe as obras do poeta, escritor, jornalista e amazônida Thiago de Mello, tornando-o um espaço público de valor e de promoção ao patrimônio cultural e material. E a terceira frente será o largo de São Vicente.
Natureza
Para garantir a harmonia com o conjunto tombado em formas e escalas, assim como manter os valores culturais, a execução vai seguir o padrão de revestimento e calçamento existente, sendo complementado com o uso da pedra São Tomé.
O complexo que vai modificar o território é composto do mirante, que tem uma área total de 6,1 mil metros quadrados; do entorno do edifício, o largo, com 3,5 mil metros quadrados; e do casarão Thiago de Mello, com área total de 352,96 metros quadrados.
Reconexões com a natureza e o patrimônio histórico estarão cada vez mais presentes para a população da capital amazonense com o início das obras do complexo mirante de São Vicente, composto das intervenções de reforma e reabilitação do mirante Lúcia Almeida, do largo de São Vicente e do casarão Thiago de Mello, cuja ordem de serviço foi assinada na quinta-feira, 9/3.
Subsolo – 1.227,28 metros quadrados;
Edifício mirante Lúcia Almeida
1º pavimento – 1.188,99 metros quadrados;
Térreo – 1.227,28 metros quadrados;
3º pavimento -1.226,06 metros quadrados;
2º pavimento – 1.219,24 metros quadrados;
Entorno do edifício e largo
Área Total – 6.138,85 metros quadrados;
Casarão Thiago de Mello
Área Total – 3.570,20 metros quadrados
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Área Total – 352,96 metros quadrados
Fotos – Aguilar Abecassis/Semcom
Texto – Claudia do Valle / Implurb
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAvkyG