O presidente do Concultura, Tenório Telles, destacou em sua fala a importância do Clã Batista para a ciência e a cultura amazonense e manauara.
Antes da sessão especial, houve uma roda de conversa com depoimentos do cineasta Kahane, e do artista plástico, Sérgio Cardoso, amigos que relataram passagens da convivência com Limongi, e suas impressões sobre seus filmes e peças teatrais.
O presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Aristóteles Alencar relembrou os episódios em que teve a experiência histórica de conhecer, conversar e tirar fotos com o Doutor Djalma Limongi, um ícone da ciência e cultura manauara.
“Estamos hoje aqui celebrando nossos heróis. Um dos heróis da cidade de Manaus. Um herói que dedicou a sua vida, a arte, ao cinema, que tentou dar a sua contribuição, que levou para muito longe, o nome da cidade de Manaus, divulgou, ajudou a divulgar a nossa cidade em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirmou Telles, completando que a prefeitura realizou o evento com o objetivo de contribuir para que essa memória não se perca.
A irmã mais nova do homenageado, Francisca Limongi Batista, falou emocionada que ele sempre foi muito criativo. “Ele transformava tudo num filme, num roteiro. Ele era assim, muito criativo. Desde muito jovem, tanto que o papai deu uma câmera para ele ainda na adolescência para ele mesmo produzir, junto com o outro irmão mais velho, o Gualter Limongi, que era o diretor de fotografia dos seus filmes”, relembrou.
“Muito tempo depois recebo em meu consultório o Djalma Limongi Batista, e como nunca havia estado com um cineasta, lhe perguntei de pronto se ele se emocionava com uma cena gravada por ele, como meros espectadores. No que ele responde que sim, com uma lágrima no olho”, revelou Alencar.
“Tudo virava uma história assim, uma coisa grandiosa, que divertia a casa, a família inteira, e os amigos. Ele pregava peças, ele fazia surpresas, filmava a gente”, relembrou.
Ela contou que guarda até hoje a filmadora em Super 8mm, que Djalma usava para fazer suas produções e gravações das brincadeiras em família que eram todas roteirizadas.
Texto – Cristóvão Nonato / Concultura
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Fotos – Aguilar Abecassis / Semcom