A comunidade onde vivem os indígenas kambebas é formada por cerca de 30 famílias, que vivem exclusivamente do artesanato produzido por eles de maneira sustentável e comercializado durante as visitas turísticas que são realizadas ao longo da semana.A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), realizou, na última quarta-feira, 5/4, inscrições para o programa English Manaus na comunidade Três Unidos, localizada às margens do rio Cuieiras, zona rural de Manaus.
Executado pela Federação Amazonense de E-Sports (Faesp), o curso on-line de língua inglesa para os permissionários cadastrados na Prefeitura de Manaus está ofertando 2 mil vagas com o propósito de melhorar a recepção e comunicação com os turistas da capital amazonense, fortalecendo o empreendedorismo voltado para o turismo e consolidando Manaus como a cidade com o maior potencial turístico da região norte.
De acordo com titular da Semtepi, Radyr Júnior, levar o curso até uma das comunidades mais afastadas da zona urbana de Manaus demonstra a sensibilidade e o desejo da gestão do prefeito David Almeida de estreitar os laços com as comunidades mais distantes: “Nos primeiros anos de gestão precisamos organizar a casa e conhecer as necessidades de quem está na ponta. Hoje, com isso mapeado, nossa missão é ir nas localidades onde o acesso aos nossos programas é mais difícil. Se eles não podem vir até a prefeitura, a prefeitura está indo até eles e dando a oportunidade de se qualificarem”, afirma Júnior.
As inscrições para o curso tiveram início no dia 31 de março e vão até o dia 21/4. As aulas têm duração de dez meses, e poderão ser assistidas a partir do aplicativo, com disponibilidade para Android e IOS. As aulas estão previstas para iniciarem em maio.
De acordo com o tuxaua Waldemir Silva, mais de 200 turistas visitam a comunidade semanalmente, fruto de parcerias com empresas que transformaram a aldeia em rota de turismo. “Para nós é muito importante saber falar a língua dos turistas, pois quando perguntam os valores dos nossos produtos precisamos escrever em uma folha de papel os números, para que eles entendam, mas algumas vezes nos perguntam do que é feito alguma coisa e não conseguimos entender e nem explicar sem alguém que possa traduzir. Isso vai ser muito importante para nós”, relata o líder dos kambebas.
Texto – Débora Dourado / Semtepi
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Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAyHdK
Fotos – João Viana / Semcom