Em 2018 e 2019, foram promovidas 18 feiras de artesanato para trabalhadores da economia solidária e criativa, gerando 458 oportunidades e um faturamento de R$ 221.058,35, para os 300 empreendedores cadastrados. A partir de 2021, esse número quintuplicou, para mais de 1.500 artesãos cadastrados. Nos dois últimos anos, foram promovidas 99 feiras de artesanato, gerando 2.098 oportunidades e um faturamento histórico e inédito no valor de R$ 1.594.512,79.Artesãos cadastrados na Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), faturaram mais de R$ 1,5 milhão, nos últimos dois anos, em feiras e eventos promovidos pelo Departamento de Economia Solidária e Criativa (Desc). Além das oportunidades para vendas, os empreendedores que trabalham com produtos artesanais também tiveram mais acesso aos cursos de qualificação profissional.
Reginaldo Wotchimaucu, de 63 anos, trabalha há mais de 21 anos vendendo peças de artesanato, produzidas por ele a partir de palhas de tucumã, piaçava, cipó titica, entre outras matérias. Durante o período da pandemia do coronavírus, a principal renda da família foi afetada, pela falta de pontos de venda e consumidores do produto. Em 2021, o empreendedor fez o cadastro como artesão no Departamento de Economia Solidária e Criativa da Prefeitura de Manaus, e teve um aumento significativo na renda.
“Estamos com um relacionamento muito produtivo com essa equipe que trabalha diretamente com as nossas riquezas amazônicas. Os empreendedores estão se qualificando, aprimorando seus produtos e investindo no próprio negócio. Em contrapartida, estamos gerando mais oportunidades, exemplo disso é a revitalização do Local Casa de Praia, na Ponta Negra, que vai fortalecer o ambiente empreendedor com uma central de artesanato, para que esses trabalhadores possam expor e vender seus produtos”, afirmou Radyr.
A empreendedora Dalia Veloso, de 60 anos, também é cadastrada como artesã e registrou um aumento de faturamento nos últimos dois anos. Segundo ela, durante eventos, as vendas chegam a R$ 5 mil.
“Passei por um ano muito difícil, sem poder vender meu artesanato. Foi quando eu encontrei o cadastro para empreendedor da Semtepi e me inscrevi. Comecei a participar de feiras, exposições e tive a oportunidade de vender meus produtos em um ponto melhor, porque antes eu vendia na porta das escolas. Eu nunca tinha visto um apoio como esse feito pela prefeitura, era muito difícil vender”, afirmou o artesão, indígena da etnia Ticuna, e que na feira de artesanato realizada na Ponta Negra, por noite, fatura entre R$ 50 a R$ 100.
— — —
“Meu produto é totalmente sustentável, com matéria-prima vinda do município de Barcelos. Produzo há mais de 15 anos bolsas de piaçava, cestarias e biojoias. Tive a oportunidade de vender essa arte dentro de grandes shoppings de Manaus, algo que não imaginava que seria possível, graças a esse trabalho da prefeitura. Me qualifiquei, consolidei minha marca, e hoje me considero uma empresária”, relatou Dalia.
Fotos – Antonio Pereira / Arquivo Semcom
Texto – Luiza Queiroz / Semtepi