A assistente social Graciete Andrade de Carvalho, técnica do programa de Saúde Indígena do Disa Oeste, informa que o cadastramento será realizado a partir do dia 11/4 e pretende obter o perfil epidemiológico de cada comunidade, assim como o número exato de famílias e indígenas.A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu na manhã desta terça-feira, 4/4, no Complexo de Saúde Oeste, a 1ª Oficina com Lideranças de Comunidades e Associações Indígenas da zona Oeste. A programação foi executada pelo Distrito de Saúde (Disa) Oeste com objetivo de definir o processo de cadastramento das famílias que moram nas comunidades indígenas da zona Oeste.
O cadastramento será realizado pelos agentes de saúde indígenas que atuam nas comunidades, a partir de formulário levantando informações como o número de pessoas na família, sexo, idade, identificação de pessoas portadoras de alguma doença, o tipo de doença e sobre a utilização de medicina tradicional na família.
“Hoje, quando observamos o georreferenciamento das áreas indígenas, com o vínculo da Unidade de Saúde com a comunidade, temos informações de um quantitativo aproximado da população. Com o cadastramento, iremos levantar as informações mais exatas. E a oficina é uma forma de envolver as lideranças para que entendam a importância do envolvimento no trabalho de mobilização das famílias e comunidades”, explicou Graciete.
Para Inara Waty, do povo sateré-mawé e articuladora política da Associação Watyamã, no bairro Redenção, a oficina foi importante para a capacitação das lideranças sobre os serviços de saúde e sobre o processo de cadastramento.
“A Semsa trabalha com uma ficha padrão de cadastramento domiciliar e individual que será utilizado pelos Agentes de Saúde no cadastramento das famílias. A zona Oeste de Manaus tem uma população indígena estimada em mais de 15 mil pessoas e o cadastramento vai permitir um melhor alinhamento das ações de saúde de acordo com a realidade das comunidades. As lideranças indígenas contribuirão mobilizando as famílias para que recebam os agentes de saúde e repassem as informações necessárias para o cadastro”, destacou Graciete.
A oficina também reuniu lideranças das comunidades Parque das Tribos, Nações Indígenas, Jair Miranha, Waikiru, I’apirehyt e Associações Indígenas.
“A comunidade tinha mais de 20 famílias e hoje aumentou bastante, deve ter 30 famílias. A oficina está ajudando na nossa capacitação para que a gente possa capacitar os comunitários, entendendo melhor e tendo informações para saber como as famílias podem ser beneficiadas e sobre as ações de saúde que ainda vão ser realizadas na comunidade”, afirmou Inara.
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
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Fotos – Divulgação / Semsa