A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, explica que as Unidades de Saúde irão atuar para estimular o uso do preservativo e orientar a população sobre os serviços existentes na rede municipal para a prevenção e o controle das infecções.Com a programação de eventos de carnaval no mês de fevereiro, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai intensificar as ações de prevenção e controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs/Aids), desenvolvendo atividades nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural, com parceria das Organizações da Sociedade Civil (OSCs).
As ações serão executadas por profissionais dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Oeste, Leste e Rural, com atuação em blitz educativa em locais de maior circulação de pessoas, como o Porto da Ceasa, Feira do Coroado, Terminais de Integração, na barreira de acesso para as rodovias BR-174 e AM–010 e também nos desfiles no Sambódromo nos dias 18 e 19/2.
“A Semsa irá ampliar a distribuição de preservativos, que protegem contra as ISTs e evitam a gravidez não planejada, intensificando a oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C, além de ações de educação em saúde. As Unidades de Saúde já realizam as ações de prevenção e controle às ISTs/Aids na rotina do serviço, mas é importante reforçar o trabalho nesse período para reduzir os riscos”, informou Shádia.
“Rotineiramente nas ações de prevenção e controle das ISTs/Aids, a Semsa tem como foco a estratégia da Prevenção Combinada, que inclui diferentes abordagens de forma simultânea, como o uso do preservativo interno e externo, a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), a profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), a vacinação contra o HPV e a Hepatite B, redução de danos, terapia antirretroviral, testagem regular para diagnóstico das doenças e a prevenção da transmissão vertical, que ocorre da gestante para o bebê durante a gestação e o parto”, explicou Cláudia.
Segundo a gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Cláudia Rolim, o objetivo é fazer um alerta a mais para a população sobre o risco das ISTs, para que todos possam aproveitar o carnaval de forma segura e evitando as infecções sexualmente transmissíveis, e a atuação da Semsa será em parceria com as OSCs nas ações de prevenção e oferta de autoteste para HIV, incluindo a abordagem noturna e a educação por pares.
“As Unidades de Saúde disponibilizam os preservativos na rotina de atendimento por livre demanda, como forma de incentivar a prática de sexo seguro e evitar a transmissão de ISTs. Durante as ações no carnaval, a estimativa é a distribuição de mais de 500 mil preservativos”, destaca Cláudia.
A gerente informa ainda que, durante o ano de 2022, a Semsa distribuiu mais de cinco milhões de preservativos por meio das Unidades de Saúde da rede municipal e em ações em instituições de ensino, empresas, instituições governamentais e não governamentais.
Entre as ISTs de maior relevância para o controle no município de Manaus, há destaque para HIV/Aids, Sífilis, Hepatite B e a Síndrome do Corrimento Uretral Masculino.
ISTs
O número de casos de sífilis chegou a 3.900 no ano passado, também registrando aumento (14,2%) em relação a 2021, com taxa de detecção de 173 notificações por 100.000 mil habitantes. Do total, 68,2% dos casos foram registrados na população masculina, sem considerar as mulheres gestantes, e a faixa etária de 15 a 39 anos representou 72,1% dos casos.
Em 2022, o município de Manaus registrou 1.758 casos de HIV, representando aumento de 18,7% no número de novos casos em relação a 2021. A maior concentração de casos foi diagnosticada na população masculina (77,6%) e na faixa etária de 15 a 39 anos (80,4%).
A Síndrome do Corrimento Uretral pode ser causada por diversos agentes etiológicos, tendo como principais os que causam a clamídia, gonorreia, tricomoníase e o Mycosplasma Genitalium. No ano de 2022, foram notificados 539 casos.
Manaus registrou ainda 209 casos de Hepatite B, três a mais que em 2021, com distribuição por sexo equilibrada entre homens (50,7%) e mulheres (50,3%). Este agravo tem maior predominância na faixa etária de 40 a 60 anos ou mais (68,4%).
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
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Foto – Divulgação / Semsa