Durante a conversa, a secretária de Educação, professora Dulce Almeida, e o secretário de Finanças, Clécio Freire, apresentaram os valores possíveis no momento, que é o percentual de 3,83%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 18% no vale-transporte, e 9% na alimentação, o que chegaria a 5,13% de recomposição média. Vale ressaltar que em três anos da gestão do prefeito David Almeida, a recomposição salarial chegará em 30% para a classe dos profissionais da Educação (Magistério e Administrativos).As equipes de gestores das Secretarias Municipais de Educação (Semed) e de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef) se reuniram na manhã desta quarta-feira, 24/5, com representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas de Manaus (Asprom/Sindical), para tratar sobre a data-base de 2023 dos trabalhadores da rede municipal de ensino. O encontro foi na sede da Semed, na avenida Maceió, Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul.
Já o gestor da Semef destacou o cenário econômico e financeiro do país. “A Semed apresentou a proposta dos sindicatos, mas nós precisamos ser cautelosos e algumas questões nos preocupam, como a situação financeira do país e apresentamos também o que realmente podemos fazer. Não podemos tirar do tesouro municipal um valor para dar somente a uma categoria. Na educação, ainda temos o Fundeb, que ajuda e muito no reajuste dos salários”, relatou Clécio.De acordo com a titular da pasta da Educação, o olhar dela é de educadora e fará o que puder para beneficiar a categoria. “Nesse momento, estou como secretária, mas eu sou professora de chão de escola e em conversa com o secretário Clécio, vamos conseguir dar um reajuste na alimentação e vale-transporte. A minha luta é essa, mas nós temos também critérios que não podemos ultrapassar. Então, faremos o possível para melhorar ainda mais a vida salarial dos trabalhadores da Educação. Nós vamos fazer e sei que teremos o apoio do prefeito David Almeida”, apontou Dulce.
“As duas categorias devem ser tratadas de formas distintas, porque os profissionais do magistério trabalham em cima de tópicos com entregas de metas e isso deve influenciar no olhar da secretaria, o que não acontece com os técnicos administrativos. Não desmerecendo esses trabalhadores”, comentou.
De acordo com o diretor da Asprom, Lambert Melo, é necessário que exista uma diferença de ganhos entre servidores administrativos e educadores, pois os professores trabalham em cima de metas.
“É muito válida a conversa que estamos tendo com os gestores da prefeitura e da secretaria de Educação. Após esta reunião vamos realizar uma assembleia e apresentar a proposta da Semed e nesse momento será decidido se é aceita ou não, e assim continuar a campanha salarial”, explicou o vice-presidente do Sinteam, Cléber Ferreira.
Após o encontro, os sindicatos devem realizar uma assembleia com os sindicalizados e então retornar as demandas à Semed para apresentar uma contraproposta.
Manaus está entre as capitais do Brasil que melhor pagam os profissionais da Educação. Em 2021, quando a nova gestão assumiu, a categoria teve a recomposição de 11,13%. Já em 2022, a recomposição foi de 12,47%, com esse total a data-base dos profissionais foi acima da média nacional.
Valorização salarial
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A categoria também obteve outros ganhos, como aumento no valor do vale-alimentação, pagamento do vale-transporte em dobro a professores em sala de aula, com 40 horas de trabalho semanal, mesmo em regime de carga dobrada, equiparação da função de secretário escolar, ocupada por servidor do magistério e administrativo e mais de 3 mil servidores com as evoluções funcionais atualizadas com retroativos pagos.
Foto – Mário Oliveira / Semed
Texto – Érica Marinho / Semed
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAF3r9