A segunda turma a participar do curso contou com profissionais de saúde dos Disas Leste, Rural e Oeste, que tiveram aulas teóricas e práticas abrangendo desde a abordagem até o manejo clínico da hanseníase na rede municipal. A capacitação teve carga horária de 20 horas, distribuídas em cinco dias, e aconteceu nas instalações do Disa Oeste, no bairro da Paz.A Prefeitura de Manaus formou mais 21 profissionais da rede municipal de saúde no curso básico em hanseníase para a Atenção Primária, nesta terça-feira, 2/5. Ao todo, 45 médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos dos cinco Distritos de Saúde (Disa) já participaram da formação, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em parceria com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham).
“Esses profissionais saem do curso munidos de conhecimento sobre como acolher e identificar o paciente, e entendendo melhor a rede e os fluxos de atendimento que devem ser seguidos”, afirma Ingrid.
A chefe do Núcleo de Controle de Hanseníase da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador (Nuhan/Dvae), Ingrid Simone Alves dos Santos, explica que o curso enfoca não apenas habilidades e conhecimentos técnicos específicos relativos à doença, mas também sobre a rede de acolhimento dos pacientes que chegam à atenção primária.
“Dessa forma, o paciente de hanseníase não precisa ficar em busca de atendimentos posteriores, pois ele inicia o atendimento e já é fechado o diagnóstico dentro da unidade. Assim ele se sente acolhido, confortável e seguro de que seu tratamento vai correr com sucesso”, aponta.
Conforme Ingrid, o paciente com hanseníase segue um fluxo diverso do Sistema de Regulação (Sisreg), na medida em que, uma vez diante de um caso suspeito de hanseníase, o profissional de saúde capacitado entra em contato com o Nuhan para, com o apoio de enfermeiros e médico dermatologista do Núcleo, realizar o diagnóstico. Em casos especiais, o paciente é referenciado para policlínicas da rede.
O curso básico em hanseníase para a Atenção Primária abrange a história da doença, o cenário epidemiológico e abordagem na APS, focando tópicos como meio de transmissão, classificação clínica, diagnóstico e tratamento. Inclui ainda atualização e revisão sobre exame dermatoneurológico, teste de sensibilidade e prevenção de incapacidade, com atividades práticas. Ao final, as equipes recebem as notas técnicas implantadas e material didático para apoio.
Temáticas
“Não é muito comum a gente ter casos de hanseníase, na minha unidade estamos tendo um caso pela primeira vez. Tudo é muito novo para a gente, é uma prática diária, e as informações que estamos recebendo neste curso são muito valiosas para fazermos o diagnóstico precoce, de modo que possamos estar atentos a qualquer lesão, mancha ou dificuldade de sensibilidade, que antes poderia passar despercebida”, diz.
A enfermeira do Disa Oeste, Áurea Navarro, avalia que a capacitação traz conhecimentos que possibilitam aos profissionais do atendimento básico de saúde detectar possíveis casos suspeitos.
O curso básico em hanseníase para a Atenção Primária terá ainda duas outras turmas de profissionais da rede municipal, cada uma com 25 participantes, até o final deste semestre. As atividades estão previstas para ocorrer de 12 a 16/6 e de 19 a 23/6, em diferentes turnos, reunindo profissionais dos Disas Norte e Sul.
Programação
Texto – Jony Clay Borges / Semsa
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Fotos – Divulgação / Semsa