A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, informa que o Ministério da Saúde antecipou a abertura da campanha no Amazonas, ocorrida no último sábado, 13/5, por conta da confirmação de um caso de poliomielite no Peru, que faz fronteira com o estado.A Prefeitura de Manaus está convocando a população para participar da Campanha Nacional de Multivacinação, principalmente diante da confirmação de novos casos de doenças graves, e imunopreveníveis, em áreas próximas da capital amazonense. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que executa a campanha em 171 salas de vacina, reforça que a imunização é uma das formas mais eficazes de impedir a reintrodução de doenças já erradicadas ou controladas na cidade.
Shádia acrescenta que a proximidade de casos de difteria também preocupa, já que pessoas foram diagnosticadas com a doença no município de Sifontes, na Venezuela, país que também faz fronteira com o País, principalmente com os estados da região Norte. Desde 2004, o Amazonas registrou apenas dois casos de difteria, sendo o último em 2010.
“Os últimos casos de poliomielite registrados em Manaus foram em 1988, e no ano seguinte foi quando o país registrou o último caso da doença. A eliminação da doença foi possível graças à vacinação, que vinha atingindo quase 100% da população todos os anos, mas esse cenário mudou bastante nos últimos seis anos, quando a cobertura vacinal ficou abaixo da meta, o que significa que as pessoas estão vulneráveis para contrair a doença, que deixa sequelas permanentes, se entrarem em contato com o vírus”, explica.
“Também precisamos destacar que a nossa região está passando pelo período sazonal de algumas doenças, incluindo a influenza e meningite, que são imunopreveníveis. Então é muito importante que as pessoas, principalmente crianças, estejam com todo o cartão de vacinação atualizado, pois todas essas doenças podem desenvolver formas severas, e a única forma de prevenção é com a vacina. Peço que os pais não esperem esses vírus chegarem novamente à nossa cidade para buscar proteção, vá até uma sala de vacina o quanto antes e proteja sua criança e adolescente”, complementa Shádia.
Outro sinal de alerta monitorado pela Semsa é o caso de febre amarela confirmado recentemente na cidade de Maraã, distante 640 quilômetros de Manaus. A secretária lembra que a capital amazonense não registra casos de febre amarela desde 2001.
Campanha
Em relação ao sarampo, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta para os países das Américas atualizarem seus planos de resposta, com intuito de impedir o retorno da transmissão endêmica do vírus. Sem casos confirmados durante 20 anos, Manaus sofreu um surto de sarampo em 2018, com 7,1 mil casos, com casos zerados desde 2021.
“O Programa Nacional de Imunização (PNI) preconiza 18 vacinas no calendário básico, e todas elas estão disponíveis em nossas unidades de saúde. Os pais precisam buscar a unidade para que nossas equipes façam uma avaliação do cartão vacinal daquela criança ou adolescente, e verifiquem qual imunizante precisa ser atualizado. Todos os dias temos unidades funcionando justamente para facilitar o acesso de todos e para que nossa cobertura vacinal volte a ser um exemplo para o restante do país”, conta.
A titular da Semsa pontua que a campanha de multivacinação é voltada às crianças e aos adolescentes de até 14 anos de idade, e será executada até o dia 25 deste mês. Ao buscar uma sala de vacina, os responsáveis precisam apresentar os seguintes documentos dos jovens: documento oficial de identificação, CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS) e a caderneta de vacinação.
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A lista com os endereços e horários de funcionamento das unidades incluídas na campanha pode ser conferida no link bit.ly/salasdevacinamanaus. Mais detalhes sobre a campanha de multivacinação podem ser acessados no site semsa.manaus.am.gov.br ou nas redes sociais da secretaria, no perfil @semsamanaus no Instagram e Semsa Manaus no Facebook.
Fotos – Divulgação / Semsa
Texto – Victor Cruz / Semsa