Se no passado o espaço era ocupado por antigas torres gigantes de comunicação da Embratel, que não existem mais, hoje sobrou um vazio urbano tendo como visão a paisagem natural singular e única, que pode ser contemplada do enorme platô.Com uma área de urbanização de 17,5 mil metros quadrados em um dos pontos de visão única do fenômeno natural do encontro dos rios Negro e Solimões, a Prefeitura de Manaus prepara para lançar a licitação do futuro parque Encontro das Águas Rosa Almeida, na avenida Desembargador Anísio Jobim, 20, Colônia Antônio Aleixo, zona Leste.
Tanto a proposta de Niemeyer, de 2005, quanto a do Implurb, de 2021, seguem os critérios para a proteção da dimensão cênica do Encontro das Águas, com áreas de livre circulação e contemplação, valorização do fenômeno e de proteção à paisagem e permeabilidade visual.
E, nesta quarta-feira, 26/4, equipe do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), que desenvolveu o projeto de parque urbano, que se conecta com o museu e o restaurante projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer (morto em 2012), esteve fazendo vistoria técnica, acompanhando o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O Implurb deu entrada no pedido de licença prévia junto ao órgão ambiental em janeiro deste ano.
O ambiente terá duas edificações, uma para acomodar a guarita/área administrativa próxima ao pórtico de entrada, e outra de múltiplo uso, possuindo dois quiosques e banheiros públicos, para dar conforto e atendimento aos frequentadores e turistas, contando, ainda, com academia ao ar livre, playground e playpet. Nessa implantação se optou em ter uma grande quantidade de áreas de jardins, com paisagismo focado em espécies nativas, desde grandes arbóreas até arbustos.
Para construir o parque e atualizar sua acessibilidade e importância em uma zona carente de espaços urbanos públicos de qualidade, a prefeitura fez o complemento na proposta e a obra terá museu, restaurante, pavilhão multiuso, pista de caminhada, entre outros mobiliários e paisagismo, com uma área de 37,3 mil metros quadrados.
Na questão ambiental, a intervenção vai preservar as árvores existentes, adaptando o traçado de passeios entre as mesmas, tornando o trajeto mais interessante. O parque é voltado para paisagem natural, o Encontro das Águas, o reaproveitamento das árvores existentes e as novas espécies nativas que serão plantadas formando maciços de vegetação. O enorme platô elevado diante do rio é o melhor ponto para se apreciar o fenômeno pela terra”, explicou o diretor do Implurb, Carlos Valente.
“O parque será uma nova referência em opção de lazer, turismo local, nacional e internacional, aproveitando todo o potencial paisagístico natural oferecido pela área. A área já servia para visitação como também para o lazer da população do entorno, mas sem ter a estrutura adequada.
Em 2005, o escritório de arquitetura Oscar Niemeyer projetou a implantação de duas edificações, uma destinada a um museu e outra para um restaurante. Ambas têm área de construção de 3.308,63 metros quadrados.
Escritório
A outra edificação é o restaurante/loja, sendo no nível do subsolo, encravado na extremidade oposta ao museu, contendo também um terraço no mesmo nível deste. O restaurante terá acesso por uma rampa com inclinação adequada de acordo com a norma NBR 9050 e o desnível será protegido por guarda-corpo a partir do terraço.
O museu com dois níveis, o térreo e subsolo voltados para espaços de exposições, se apresenta com uma cúpula de concreto, tendo nas extremidades opostas, duas hastes com 20,70 metros de altura, sendo uma na cor amarela, representando o rio Solimões, e outra na cor preta, representando o rio Negro.
Texto – Claudia do Valle/Implurb
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Fotos – Divulgação/Implurb