Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam
Durante a visita, ela participou da programação da X Jornada de Saúde da Amazônia Ocidental
Desafios e perspectivas da Telessaúde
A presidente da União Latino-americana de Extensão, professora Silvia Tovar, visitou, na manhã desta sexta-feira, 29, as dependências do Hospital Universitário Getúlio Vargas, órgão suplementar da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) administrado pela Rede EBSERH. Durante a visita, ela prestigiou a mesa-redonda Telessaúde e Educação a distância no Amazonas:desafios e perspectivas, que integra a programação da X Jornada de Saúde da Amazônia Ocidental. Professora Silvia Tovar foi recebida pela presidente da Jornada, Elizete Almeida e pela gerente de Ensino e Pesquisa do HUGV-Ufam/ EBSERH, professora Déborah Jezini. Durante o encontro, elas abordaram as possibilidades de parceria entre a União Latino-americana e o HUGV.
Durante seu pronunciamento, o primeiro palestrante, médico Francisco Campos, que é professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, destacou a importância da educação permanente para profissionais da área da saúde. “A educação se dá ao longo de 6 a 11 anos entre graduação e residência para uma prática profissional, que dura, em média, 35 anos. Mas o que são esses seis anos iniciais diante do progresso técnico e rápida obsolescência dos conhecimentos e tecnologias. Daí a importância da educação permanente. Quantos periódicos esses profissionais leem, de quantos congressos participam, de quantos cursos de atualização? Precisamos que o processo de educação seja permanente e a educação a distância é um caminho e ela existe desde tempos imemoriais. As epístolas de Paulo aos coríntios são formas de educação a distância, assim como o modelo da Cidadela do Game of Thrones favorece a transmissão de conhecimentos”, afirmou.
A mesa-redonda “Telessaúde e Educação a Distância no Amazonas: desafios e perspectivas” foi mediada pelo chefe da Unidade de E-Saúde do Hospital Universitário Getúlio Vargas, médico Pedro Elias de Souza.
O palestrante Luiz Ary Messina, da Coordenação Nacional de Rede Universitária de Telemedicina na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP, afirmou que a transformação digital no SUS é uma grande meta também para a RNP através de sua estratégia de saúde digital. “Desde 2006 quando foi iniciada a RUTE (Rede Universitária de Telemedicina), auxiliamos com recursos do MCTI na infraestrutura de comunicação e serviços em 140 hospitais universitários e de ensino na criação de unidades de Telessaúde e grupos de interesse especial em 45 especialidades e subespecialidades da saúde com 2 a 3 sessões virtuais diárias de discussão de casos importantes, contribuindo para a formação dos profissionais da saúde.
O ex-reitor da Universidade do Estado do Amazonas e atual secretário de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, professor Cleinaldo Costa, apresentou o tema “Saúde Digital: perspectivas para a saúde na Amazônia Ocidental. Durante sua apresentação, ele destacou que a Telessaúde é o melhor caminho para os serviços de saúde chegarem aos locais mais remotos do país. “Em 2005, o professor Chao Lung sugeriu montarmos um polo de Telessaúde no Amazonas. Fizemos isso, utilizando, inicialmente, o tráfego de internet do Sipam. A partir daí, surgem projetos pilotos de telemedicina. A Telessaúde é um programa que diminui distâncias, economiza tempo e tem alto impacto logístico em nossa região e, para a nossa região onde a logística é muito cara, faz muita diferença”, afirmou o palestrante.
Inteligência Artificial na área de saúde
As articulações da RNP com os governos estaduais e municipais permitirão novas Infovias, como a recém-inaugurada Infovia 01 ligando Santarém a Manaus com cabo subfluvial, estabelecendo uma ciberinfraestrutura segura com alta capacidade de processamento e armazenamento, garantindo aplicações de ciência, tecnologia e inovações para os ambientes de educação e pesquisa em expansão”, detalhou o palestrante.
Em seguida, aconteceu o painel “O papel da Inteligência artificial na agregação de valor em produtos e serviços no Amazonas”, mediado pelo professor Eduardo Souto, do Instituto de Computação da Ufam. O painel contou com a participação dos debatedores Luís Cambeiro, da Samsung e do Superintendente adjunto da Zona Franca de Manaus.
À tarde, a programação segue com as palestras “Tecnologia Assistiva: conceitos, recursos e impactos na saúde da população amazônica”, “Revisão Sistemática da Literatura: uso da saúde baseada em evidência na tomada de decisão” e “A popularização da ciência como ferramenta de comunicação científica e com a premiação dos trabalhos submetidos à jornada.
Programação da Jornada