Texto com informações do ICSEZ com edição de Juscelino Simões (Ascom)
“A ideia foi compartilhar reflexões iniciais acerca das novidades inauguradas pelo ChatGPT-4 como expressão mais recente da chamada inteligência artificial no âmbito dos grandes modelos de linguagem. E, claro, pensar que mudanças isso pode trazer aos campos do jornalismo e da educação, mais especificamente”, relata a professora Marina Magalhães, que coordena na Ufam o projeto de pesquisa Cidadania Digital, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pelo Edital Humanitas.
A professora do curso de Comunicação Social do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/Ufam), Marina Magalhães, participou como convidada do evento internacional ‘Da Inteligência Artificial para as Hiperinteligências’. O encontro ocorreu, na última semana, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), por iniciativa do Centro Internacional de Pesquisa Atopos, e reuniu dezenas de pesquisadores de diversas instituições do Brasil e do exterior.
Segundo a docente, a programação contou com uma série de conferências e mesas-redondas, entre as quais “Chatbot, LargeLanguage Model e Jornalismo em Equívoco”, da qual participou junto com os docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Evandro Medeiros, Lara Linhalis e Adriana Bravin, do grupo ‘Emergências: coletivo de pesquisa, extensão e ativismo em comunicação’, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFOP.
Além da mesa-redonda sobre Jornalismo, a professora da Ufam também mediou a mesa ‘LLM, desescritura e rituais na época da conectividade’, composta pelos docentes e pesquisadores Paulo Nassar (ECA/USP), Artur Matuck (ECA/USP), Luli Radfahrer (ECA/USP), Elen Nas (IEA/USP) e Messias Bandeira (UFBA). O evento foi transmitido pelo canal do Atopos no YouTube e pode ser acessado de forma gratuita.
Para a docente, que esteve presencialmente no evento, o diferencial da abordagem proposta pelo Centro Internacional de Pesquisa Atopos foi dar ênfase às propriedades conectivas da comunicação em rede. “A mesa não teve como foco discutir questões como regulamentação ou a tecnologia na perspectiva de ameaça, mas pensar as possibilidade de, por meio das hiperinteligências, dar voz a outros atores sociais, não humanos, e ajudar a construir narrativas em colaboração com esses atores experimentando um outro jornalismo possível. Isso, sem dúvida, implica em novos desafios para o ensino do jornalismo e a atualização dos profissionais que já estão no mercado”.
“A Pesquisa é um dos três pilares que sustentam a Universidade, junto com a Extensão e o Ensino. As possibilidades de trocas com outros professores e pesquisadores de tantas instituições diferentes abrem novas janelas de pensamento e novos caminhos em rede para todos os envolvidos, incluindo os nossos alunos, quando conectados a essas redes de pesquisa e produção de conhecimento”, conclui Magalhães.
A semana de imersão acadêmica em São Paulo ainda contou com atividades científicas do Encontro de Pesquisadores do Centro Internacional do Atopos, com destaque para as conferências dos professores Massimo Di Felice (ECA/USP) e Eliane Schlemmer (Unisinos), entre outras ações programadas.