Idealizado e promovido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o projeto de extensão existe desde 2019 e é voltado para o desenvolvimento socioeducacional de crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social, oferecendo diversas atividades lúdicas e didáticas durante o contraturno do horário escolar dos alunos. Crianças e adolescentes atendidos pelo Serviço de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes (Saica), equipamento socioassistencial administrado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), participaram, nesta sexta-feira, 10/3, da apresentação dos resultados do “Projeto Escola Humanizada”, na Vila Educadora de Proteção de Direitos, localizada no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste da capital, onde o projeto também é realizado de segunda a sexta-feira.
“É um projeto fantástico e com um futuro brilhante pela frente. Já existem alguns projetos semelhantes no país, então conseguimos comparar e perceber que realmente é um ambiente em que as crianças se sentem mais à vontade, onde conseguem se desenvolver de forma ousada”, afirmou o coordenador.
Desde fevereiro deste ano, após uma parceria realizada entre a prefeitura e a universidade, o projeto também passou a atender crianças e adolescentes em medidas protetivas atendidas pelo Saica. Segundo o coordenador do serviço, Carlos Ferreira, a ideia proposta é uma escola transformadora e que saia dos moldes do modelo tradicional de ensino atual.
De acordo com a coordenadora do projeto e educadora, Carolina Cecília, o principal objetivo da “Escola Humanizada” é promover a sensibilização humana por meio de uma metodologia que possui ênfase na empatia e no sentimento de coletividade, em um processo construído junto dos próprios alunos. “É um coletivo, então tudo é pensado em uma mesa-redonda em que as crianças também participam da criação das regras da escola, o que ajuda também na construção desse senso de cidadania no imaginário delas”, explicou.
Muitas das atividades do projeto são voltadas para o processo de socialização e desenvolvimento cognitivo dos alunos, como aulas de teatro, danças, música, robótica, economia, filosofia, educação ambiental, além das tradicionais aulas de física, química e biologia.
As matrículas para o projeto são abertas periodicamente e anunciadas nos canais de comunicação da UEA.
Para o coordenador de Extensão da UEA, Wagner Monteiro, projetos como o da “Escola Humanizada” têm ainda o compromisso social de tirar alunos e professores da zona de conforto, estimulando o pensamento crítico e independente. “É um projeto que permite sairmos um pouco dos nossos muros e adentrar a realidade vivida por esses alunos, fazendo com que eles entendam melhor todos os aspectos do mundo a sua volta. É a partir desse primeiro contato com as fraquezas e as fortalezas de sua comunidade que os alunos são impactados socialmente e instigados a tomar ação mais futuramente”, concluiu.
O Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) é oferecido pela Prefeitura de Manaus a partir da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Sobre o Saica
—-
O serviço oferece acolhimento provisório para crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medidas protetivas de abrigo, em função de abandono ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio familiar de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para família substituta por meio de Guia de Acolhimento expedida pelo Juizado da Infância e Juventude.
Fotos – Divulgação / Semasc
Texto – Guilherme Araújo Pacheco / Semasc
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAvdNS