Texto: Mediação – UFAM/ Sofia Castro
Próximo ciclo de oficinas inicia no dia 4 de março e abordará o tema “Oficina de Diagramação: Os Fundamentos do Design Editorial Aplicados na construção de um Jornal Indígena”.
Edição para o site da UFAM: Ascom – UFAM Márcia Grana
Fotos: Mediação – UFAM/Camila Barbosa Oliveira
No primeiro encontro, conduzido pela professora Mirna Feitoza, o objetivo foi despertar a sensibilidade jornalística nos participantes, destacando o valor-notícia e os critérios de seleção da notícia, tendo como referências Mauro Wolf e Felipe Pena. Após a apresentação da parte teórica, os participantes analisaram o noticiário de acordo com esses conceitos e foram convidados a sugerir uma pauta que refletisse as demandas da comunidade indígena.
A quarta oficina do projeto de extensão “Jornalismo Indígena”, com o tema “A Produção da Notícia”, foi finalizada na última sexta-feira (24/02), na comunidade indígena Parque das Tribos. Ministrada pela professora Mirna Feitoza Pereira, do curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC/UFAM), em parceria com a jornalista da TV UFAM, Renata de Lima, o o evento tratou de etapas significativas da produção de uma notícia, como o processo de seleção das informações e o de produção da matéria em vídeo. Houve também troca de experiências, opiniões e recomendações a respeito da prática do jornalismo na atualidade.
A jornalista Renata de Lima teve como objetivo apresentar a parte técnica, com os equipamentos de gravação e as fases de produção da notícia em vídeo, desde o planejamento e a estruturação do roteiro, até a edição e a divulgação do produto, para que os participantes produzissem seu próprio material audiovisual. Os principais equipamentos trabalhados foram o celular e o fone de ouvido, por serem meios mais acessíveis para a produção.
Sobre o trabalho do jornalista no processo de produção da notícia, Danielle Delgado, da etnia Baré, compartilhou sua experiência enfatizando a importância e o cuidado na apuração de uma notícia. “Eu já possuía um pouco de conhecimento em relação à produção de TV, mas nenhum conhecimento sobre o jornalismo. Em relação à notícia, pude aprender sobre a construção da reportagem, a importância das fontes, de investigar, verificar in loco os acontecimentos, ouvir os vários lados. Enfim, de fazer análise crítica do jornalismo”, disse a participante.
Próxima oficina
Os assuntos tratados pela jornalista Renata complementaram os conteúdos abordados pela professora Mirna, para que, segundo a jornalista, os participantes pudessem “desenvolver a notícia, partindo do audiovisual”. Na finalização da oficina, os participantes realizaram um debate sobre as pautas sugeridas por eles, além de uma mostra de suas produções jornalísticas audiovisuais, seguida de pontuações feitas pelas ministrantes. “O foco principal do projeto é trabalhar o jornalismo indígena no Parque das Tribos, para que a comunidade possa assumir o protagonismo naquilo que deseja colocar no mundo como notícia.”, ressaltou a professora Mirna.
Sobre o projeto
O próximo ciclo de oficinas terá início no dia 4 de março de 2023, e será ministrado pela professora Sarah Batista Correa, da Faculdade Martha Falcão, com o tema “Oficina de Diagramação: Os Fundamentos do Design Editorial Aplicados na construção de um Jornal Indígena”.
A equipe é composta por 15 pessoas, entre lideranças indígenas, professores, estudantes e jornalistas egressos do curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC/UFAM), além de professores e professoras da Faculdade de Letras e Faculdade de educação e de uma docente e estudantes do curso de Design da Faculdade Martha Falcão.
Vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão (PIBEX/Proext/UFAM), o projeto “Jornalismo Indígena” será realizado no Parque das Tribos até julho de 2023.
Na UFAM, o projeto é liderado pelo Mediação – Grupo de Pesquisa em Comunicação, Complexidade e Culturas, da Faculdade de Informação e Comunicação, com o apoio do Laboratório de Análise e Criação Multimídia da Faculdade de Letras e da Prefeitura do Campus, por meio da Coordenação de Transportes do Departamento de Logística e Meio Ambiente.
