O diretor-presidente do Concultura, Tenório Telles, lembrou que em dois anos do edital Manaus Faz Cultura, a descentralização proposta pelo prefeito David Almeida fez com que comunidades de todas as zonas da cidade recebessem esse incentivo da prefeitura.A oficina “Do Quilombo se Fez Samba Raiz” reuniu, na manhã deste sábado, 4/2, 127 crianças, jovens e adultos, no Quilombo do Barranco de São Benedito, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona Sul. O projeto foi contemplado pelo edital Manaus Faz Cultura, da Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura) e Fundação Municipal de Cultura e Eventos (Manauscult).
O vice-presidente do Concultura, Neilo Batista, reverenciou a importância cultural da resistência negra do Quilombo do Barranco São Benedito, o segundo do Brasil em ter a iniciativa de criar um treinamento envolvendo a comunidade e demais interessados de outras zonas da cidade.
“Cresci no bairro da Betânia e conheci desde cedo a importância da cultura popular, das festas populares, para o fazer artístico, a educação e toda a sua cadeia da economia criativa”, ressaltou Telles, e anunciou que nos próximos meses novos editais serão lançados, como o Manaus Faz Cultura 3, os Prêmios Literários Cidade de Manaus, e, muito em breve, o edital da Lei Paulo Gustavo.
O estudante Danilo Augusto Serra do Carmo, de 13 anos, foi acompanhado pela mãe, a servidora pública Paula Marcela, para aprender a tocar tantan e cavaquinho. “Meu pai toca caixinha na bateria da escola de samba Vitória Régia, e, em 2019, eu também desfilei tocando caixinha”, conta, destacando que quer ser músico profissional e poder compor suas próprias músicas.
“A prefeitura nesta gestão tem a sensibilidade com a cultura em sua essência, e o Conselho de Cultura passa a utilizar o Fundo de Cultura, que nunca era usado, e passa a fazer os editais para fomentar a cultura, usando esse recurso com muita responsabilidade e transparência”, destaca Batista.
O espaço onde as oficinas de instrumentos aconteceram é onde funciona o Pagode do Barranco, tradicional reduto do samba do bairro Praça 14. Os grupos foram divididos em rodas com um professor músico comandando: no pandeiro 15 alunos, repique de mão 8, surdo e banjo 15, cavaquinho 20 e tantan 15 alunos.
Reduto
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Os professores são membros de vários grupos tradicionais do mundo do samba manauara, como, Patecão (Quilombo 14), Bimbo Fonseca, Du Barranco, Rômulo Luiz, Eder Fonseca e JP Sensatez.
Fotos – João Viana / Semcom
Texto – Cristóvão Nonato / Concultura
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAqRiF