FOTOS: Girlene Medeiros/FVS-RCP e Tácio Melo/Secom
Nesta volta às aulas, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) reforça, junto a pais e responsáveis, a importância da atualização da caderneta vacinal das crianças contra a poliomielite. A iniciativa visa reduzir os riscos da doença infectocontagiosa, causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus.
Por Matheus Gil
Vacinas são seguras e eficazes para prevenir contra a doença infectocontagiosa, que causa a paralisia infantil
O secretário de Estado de Saúde, Anoar Samad, salienta a importância de as crianças terem a caderneta de vacina atualizada.
A poliomielite pode acometer adultos e crianças, após infecção a partir do contato direto com o vírus presente no esgoto ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos, mas os músculos respiratórios também podem ser impactados, levando a casos de óbito.
Prevenção e controle
A vacina é o único meio de prevenção contra a poliomielite. O ciclo vacinal consiste na administração de três doses de vacina inativada poliomielite (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses.
“É de suma importância estarmos atentos aos sinais, principalmente em crianças. Mãe, pai, estejam atentos se o ciclo vacinal está completo. Infelizmente ainda temos essa doença terrível que está com uma cobertura vacinal muito baixa no nosso país e que corre o risco de voltar, então vamos dar atenção a isso porque são gotinhas que salvam vidas”, enfatiza o gestor.
A diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, reforça que a população tenha consciência de que sem a vacina, não há chance de prevenção.
O Amazonas apresenta cobertura vacinal de 76% contra poliomielite. Desde 2016, as coberturas vacinais contra a doença no estado estão abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Casos de poliomielite no Amazonas
FOTOS: Girlene Medeiros/FVS-RCP e Tácio Melo/Secom
Não há registro de poliomielite no Amazonas desde 1989. A erradicação da doença foi uma grande conquista da saúde pública. Antes da eliminação, a paralisia infantil gerava grande medo da população pelas graves consequências causadas numa parcela de pessoas atingidas. Houve grande mobilização da comunidade científica que levou ao desenvolvimento das vacinas que são usadas até a atualidade.
“A possibilidade de prevenção é infinitamente melhor do que contrair uma doença tão grave. Os pais que levam os filhos para vacinar contra a poliomielite estão fazendo um ato de amor. Esse é um apelo que a saúde realiza para informar aos pais sobre a importância da vacinação para que voltemos a atingir a meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde”, afirma.
Entretanto, a baixa cobertura vacinal é muito preocupante para a Vigilância em Saúde pois significa uma redução no nível de proteção da população, que dessa forma se torna vulnerável a uma possível reintrodução do poliovírus selvagem no país. É importante destacar também que a população só é considerada protegida caso seja atingida a meta de 95% do público-alvo.