Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam
Mesmo que o Brasil tenha perdido posições em relação a 2022, a Ufam não só permaneceu entre as melhores como subiu de colocação
A Universidade ocupa a 54ª posição entre as instituições de ensino superior do País presentes no ranqueamento e a 1939ª entre as duas mil melhores do mundo. O levantamento envolveu 20.531 instituições no total e foi realizado e divulgado pelo Center for World University Rankings (CWUR). Mesmo com as dificuldades dos últimos anos, a Ufam subiu de posição em relação a 2022, quando alcançou o 1963º lugar no mundo e o 55º no Brasil.
O Center for World University Rankings (CWUR) publica o único ranking acadêmico de universidades globais que avalia a qualidade da educação, emprego de ex-alunos, qualidade do corpo docente e desempenho de pesquisa sem depender de pesquisas e envios de dados da universidade.
O CWUR realiza a listagem desde 2012, embora com apenas 100 instituições. Devido à demanda por informações de outras universidades, a organização decidiu expandir o serviço apresentando as duas mil melhores do mundo em 2019, cobrindo mais de 20 mil ao todo, tornando-se o maior levantamento do tipo no globo.
De acordo com o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, o levantamento revela a realidade local quanto à presença da Ufam na sociedade. “O ensino de graduação e a empregabilidade são avaliados pelo sucesso acadêmico do aluno egresso da universidade e os alunos da Ufam ocupam os cargos mais importantes nas diferentes instituições públicas e privadas do Amazonas e do Brasil”, declarou. “E, no campo da pesquisa científica, a Ufam desponta como uma das instituições federais de ensino superior com alto prestígio de seus professores doutores nas diferentes áreas de conhecimento com publicações em periódicos nacionais e internacionais com alto fator de impacto e sendo citados no mundo inteiro”, ressaltou.
Os dados servem de base para melhorias na área da educação superior. Em relação ao Brasil, o País, de modo geral, perdeu algumas posições em comparação ao resultado de 2022, muito devido aos cortes de recursos para as universidades públicas. A Ufam, contudo, não só permaneceu na lista, como melhorou seu resultado em 2023. “Isso é fruto do esforço coletivo de toda a comunidade, dos nossos professores, TAEs [técnico-administrativos em educação] e discentes que, em que pese o cenário que enfrentamos recentemente, trabalharam arduamente para que a nossa graduação, a nossa pós-graduação, a pesquisa e a extensão, a internacionalização e o empreendedorismo fossem mantidos nivelados na Instituição. Então, quando somos avaliados externamente e colocados no patamar entre as duas mil melhores universidades do mundo, o que representa 10% das avaliadas, isso é motivo de orgulho para nós e também é um desafio que se coloca para que cada vez mais a gente possa avançar não somente nesse ranking, mas em outros também, para que possamos melhorar em todos os nossos indicadores. Lembrando que hoje somos nota 4 no IGC [índice geral de cursos] do MEC e também na nossa pós-graduação temos um curso nota 6 que é o do Icomp e também melhoramos as nossas notas na pós-graduação haja vista a última avaliação da Capes. Então, essa somatória de esforços que fez com que a gente estivesse nessa posição no ranking e continuamos trabalhando para que possamos avançar ainda mais”, destacou o reitor Sylvio Puga.
Metodologia
Para a professora Adriana Malheiro, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufam, representa o esforço coletivo da Instituição em oferecer formação de excelência e contribuir para o desenvolvimento do Amazonas. “Esse resultado é muito bom e fruto de um grande trabalho feito pela instituição como um todo. A avaliação levou em consideração fatores importantes, como o tamanho da Universidade, número de alunos formados na graduação e pós-graduação, o impacto na sociedade. Além disso, é muito importante para a pós-graduação, destacamos as pesquisas de qualidades, refletidas por publicações de alto impacto, medidas pela inserção internacional e índice de citações”, disse. “Considero que a Ufam tem desenvolvido um excelente trabalho na graduação, que tem refletido na inserção social. A pós-graduação da Ufam deu um salto muito grande no último quadriênio, com o aumento no número de programas de pós-graduação, no número de alunos formados, mais doutores na sociedade e mais pesquisas de qualidade. Tivemos aumento na nota dos nossos PPGs [programas de pós-graduação] e a Ufam foi premiada pela Elsevier (por ser uma das universidades da região Norte que mais cresceram em publicações). Acredito que esse conjunto de fatores nos colocou nesse ranking tão importante. Devemos parabenizar todos os docentes, discentes e técnicos por mais essa conquista”, completou.
1) Educação: com base no sucesso acadêmico dos ex-alunos de uma universidade e medido pelo número de ex-alunos de uma universidade que obtiveram distinções acadêmicas de prestígio em relação ao tamanho da universidade (25%)
De acordo com informações da página oficial da consultora, O CWUR usa sete indicadores objetivos e robustos agrupados em quatro áreas para classificar as universidades do mundo:
3) Corpo Docente: medido pelo número de membros do corpo docente que ganharam distinções acadêmicas de prestígio (10%)
2) Empregabilidade: com base no sucesso profissional dos ex-alunos de uma universidade e medido pelo número de ex-alunos de uma universidade que ocuparam cargos de liderança em grandes empresas em relação ao tamanho da universidade (25%)
i) Produção de Pesquisa: medida pelo número total de trabalhos de pesquisa (10%)
4) Pesquisa:
iii) Influência: medida pelo número de trabalhos de pesquisa publicados em periódicos altamente influentes (10%)
ii) Publicações de alta qualidade: medido pelo número de trabalhos de pesquisa publicados em periódicos de primeira linha (10%)
iv) Citações: medido pelo número de trabalhos de pesquisa altamente citados (10%).