No debate, o vereador Sassá da Construção Civil (PT), que é presidente da Comissão de Turismo, foi além, e fez uma observação mais ampla sobre quem trabalha e frequenta a Ponta Negra. Para ele, o parlamento municipal precisa ficar atento quanto à possibilidade de pessoas que já trabalham há anos no local perderem seu meio de renda.
Uma das principais discussões desta terça-feira (18/04), na Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi sobre o espaço Casa de Praia, prestes a ser inaugurado na Ponta Negra. Um dos principais questionamentos dos parlamentares foi quanto a como vai ocorrer a escolha das empresas que vão explorar o local comercialmente.
Sassá também frisou que a praia não pode se tornar um local completamente elitizado. De acordo com o ele, a venda de comida apenas em restaurantes e quiosques autorizados na parte de cima da praia é muito caro, o que não permite que pessoas mais humildes frequentem os espaços.
“Em uma licitação das barracas, os comerciantes que hoje atuam nos arredores da Ponta Negra não terão como concorrer, porque eles não têm condições. Sempre tem uma empresa grande que concorre nessas licitações e manda todo mundo embora”, enfatizou o parlamentar.
Nesta quarta-feira (19/04), o Secretário Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Renda da Prefeitura de Manaus, Radyr Oliveira Júnior, deve estar na CMM para prestar esclarecimentos sobre a Casa de Praia.
“Eu acho que a Ponta Negra tem que ser do povo, ela tem que ter restaurante, como outros lugares têm. Às vezes, você chega na Ponta Negra e não tem um tira-gosto, o que é motivo de reclamação dos frequentadores”.