“Venho estabelecer nessa minha fala uma denúncia que chegou até mim a respeito do uso indevido de uma lei promulgada por essa Casa Legislativa. A Lei 582, de dezembro de 2022, dispõe sobre a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina no ato da matrícula escolar nas redes pública e particular. No bojo dessa lei, estabelece a obrigatoriedade das vacinas já estabelecidas, como exemplo, coqueluche, sarampo, entre outras”, disse Wallace Oliveira.O vereador Wallace Oliveira (Pros) denunciou, na manhã desta terça-feira (07/03), no plenário da Câmara Municipal de Manaus, o que apontou como uso indevido da Lei 528, de 22 de dezembro de 2022, por parte de escolas que exigem carteira atualizada de vacinação de crianças contra a Covid-19. De acordo com o parlamentar, não existe essa obrigatoriedade dentro da referida lei.
O vereador reafirmou que a lei, de autoria do vereador Lissandro Breval (Avante), não menciona obrigatoriedade das vacinas referentes à Covid-19. Diante disso, Wallace Oliveira ressaltou que algumas escolas particulares estão determinando a obrigação da apresentação dessas vacinas no ato da matrícula.
“Porém, algumas escolas estão obrigando a apresentação das vacinas relacionadas à Covid-19 para crianças, o que é totalmente fora da lei”, acrescentou o parlamentar.
O parlamentar comentou que encaminhou à Comissão de Educação essa demanda muito importante para que a mesma tome as devidas providências.
“Fui procurado por munícipes, que me apresentaram uma farta quantidade de materiais sobre o assunto, comprovando a irregularidade de escolas particulares exigindo, no cartão de vacina de crianças, as vacinas contra Covid-19. Isso é um tremendo absurdo, pois estão distorcendo uma lei municipal para trazer uma imposição fora de contexto. Não existe na lei nenhuma obrigatoriedade das vacinas que citei”, enfatizou o vereador.
Wallace exaltou que as escolas da rede municipal e estadual estão cumprindo a determinação prevista em lei, e reforçou seu compromisso na busca de respostas e resolução desse problema.
“Nós já encaminhamos essa demanda à Comissão de Educação, presidida pelos vereadores Prof. Samuel (PL) e Dr. Eduardo Assis (Avante), para que o mesmo tome as providências mais céleres na direção que esse absurdo não se concretize, prejudicando muitas crianças e famílias”, concluiu.