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Alessandro Penezzi e Jovino Santos Neto são duas das estrelas que se apresentam nesta edição do festival
FOTO: Divulgação / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Nesta quarta e quinta-feira (24 e 25/07), às 20h, o palco do Teatro Amazonas receberá dois grandes shows do Amazonas Green Jazz Festival: com o violonista Alessandro Penezzi e a Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam), além do multi-instrumentista Jovino Santos Neto, que lançará a música “A Onça e o Pajé”.
O renomado violonista Alessandro Penezzi e a Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam) se unem para uma apresentação inédita, nesta quarta (24/07). Penezzi é compositor e um dos maiores violonistas brasileiros. Marcado por sua versatilidade, seus concertos já foram vistos em vários países como EUA, Rússia e Japão. Também foi destaque nos prêmios Visa MPB Instrumental (2001), Tim de Música Brasileira (2006) e Prêmio da Música Brasileira – PMB (2019).
No mesmo palco, estará a Ovam, sob regência de Davi Nunes. A orquestra tem músicos expressivos do Amazonas e já se apresentou com o Duo Assad, formado pelos irmãos Sérgio e Odair Assad.
A onça e o pajé
Já na quinta (25/07), Jovino Santos Neto lança sua nova música “A Onça e o Pajé”, que faz uma rica fusão de ritmos brasileiros e jazz, durante o Amazonas Green Jazz. Ele é multi-instrumentista (piano, teclado e flauta), arranjador, compositor e ex-professor da faculdade americana Cornish College of the Arts.
Seu talento e dedicação renderam um Grammy Latino de “Melhor Disco”, na categoria World Music, em 1992, com o CD “Brasileiro”, de Sérgio Mendes. Jovino foi novamente indicado ao prêmio em 2003 e 2006, com os CDs “Canto do Rio” e “Roda Carioca”.
Herança afro-americana
O diretor artístico do festival, Rui Carvalho, explica que, do ponto de vista histórico, o tema deste ano do Amazonas Green Jazz Festival, intitulado “África em nós – Afluente Atlântico”, destaca a cultura afro nas Américas.
“A razão pela qual nós homenageamos o legado africano, nesta edição do festival, é porque o jazz está diretamente relacionado a essa herança cultural ainda que, por vezes, seja tido como um gênero inferior. Mas, pelo contrário, o jazz possui suas próprias pressuposições estéticas e desenvolvimento técnico. Logo, ele adquire um tipo de expressão e linguagem peculiar”, explica.
O maestro lembra que houve um processo de interlocução cultural entre a África, as Américas e a Europa, do século XVI em diante. No continente americano, dois elementos herdados foram o iorubá e banto.
“Essa herança antropológica vai ter um significado profundo nas Américas por dois motivos: em primeiro, porque gera um ou vários sentidos de identidade; em segundo, a música e a religião vão desenvolver um papel de aglutinação, no sentido de reconstruir a identidade em sua diáspora. Daí surgem diversos gêneros musicais que estão diretamente relacionados ao jazz”, complementa Rui Carvalho.
FOTO: Divulgação / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Sobre o Amazonas Green Jazz Festival
O Amazonas Green Jazz Festival é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Cultura Criativa. Os ingressos para o evento estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas, localizado no Largo São Sebastião e no site www.shopingressos.com.br As informações completas do evento estão no www.amazonasgreenjazzfestival.com.br.