FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AMTendo em vista o período carnavalesco, em que cresce a preocupação com condutas criminosas que se tornam mais frequentes, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) alerta a população sobre os crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e o trabalho infantil. O objetivo é fortalecer a conscientização, disseminar o maior número de informações e incentivar a denúncia.
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O objetivo é fortalecer a conscientização, disseminar o maior número de informações e incentivar a denúncia
“A exploração sexual infantojuvenil, assim como toda violência sexual, na maioria das vezes é praticada por pessoas próximas às vítimas. Geralmente nesses casos é feita uma intermediação por parte dessas pessoas, fazendo com que a criança ou adolescente sejam tratadas como uma mercadoria. Então por trás das vítimas exploradas, há uma pessoa que está lucrando ou até mesmo uma rede de exploradores”, detalhou a delegada.
A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), explica que a exploração sexual é a violência sexual caracterizada pela troca, não necessariamente financeira, mas em que se oferece ou se paga para que a criança ou adolescente tolere ou faça algum tipo de ato de cunho sexual.
A autoridade policial relata que em festas e grandes eventos como o carnaval, onde as pessoas estão aproveitando para se divertir, também cresce a preocupação com condutas criminosas como a exploração sexual de crianças e adolescentes e o trabalho infantil, que ocorrem com maior frequência nessa época do ano.
FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AMOrientação no carnaval
A titular da Depca comentou, ainda, que nessa época de festividade mais crianças são vistas nas ruas sendo usadas em práticas de mendicância e trabalho infantil, que acabam sendo porta de entrada para que sejam inseridas na exploração sexual.
“Há um risco maior para crianças e adolescentes que estejam nesses ambientes, com grande aglomeração de pessoas, até mesmo, pela visita de turistas e visitantes, que acaba trazendo um perigo maior. É importante toda sociedade estar atenta para identificar crianças que estejam nesses locais em situação de vulnerabilidade, presentes em eventos e locais escuros, propícios para que sejam levadas para exploração”, orientou Joyce Coelho.
Sinais
“A prevenção é sempre a orientação. Crianças e adolescentes devem sempre serem orientadas para que não caiam em assédios, e caso alguém próximo cometa esses delitos, elas saibam denunciar ou falar para alguém próximo. Também é necessário a atenção da população, para que se observe e denuncie caso tome conhecimento dos crimes”, salientou a delegada.
“As vítimas estão em desenvolvimento e ainda não estão completamente formadas, desse modo, qualquer dano causado, seja ele físico ou emocional, vai acarretar um problema no desenvolvimento, em especial se não tiverem um acompanhamento para que retornem ao seu desenvolvimento regular”, contou.
Conforme Joyce Coelho, é importante observar que crianças e adolescentes acabam transparecendo os problemas por meio de sinais, principalmente por danos emocionais, onde o principal sinal perceptivo é justamente uma mudança brusca de comportamento que muitas vezes é consequência de alguma violência.
Para denunciar qualquer atividade suspeita, com relação à criança ou adolescente, a população deve entrar em contato pelo Disque 100, dos Disque Direitos Humanos; ou 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Não é necessário se identificar.
Denúncias e registro de ocorrência
O registro também pode ser realizado na delegacia mais próxima do fato, ou pela Delegacia Virtual (Devir), pelo site: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/
A Depca também funciona 24 horas para recebimento de denúncias e registro de Boletim de Ocorrência (BO). A unidade especializada está localizada na avenida Via Láctea, conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, zona centro-sul da capital.
“Há várias portas de entrada para que essas crianças e adolescentes sejam de fato protegidas, em especial, nesses períodos festivos. O importante é não fechar o olho, e não ser conivente com a exploração ou qualquer tipo de violência, pois todos nós somos corresponsáveis pela proteção integral delas”, finalizou Joyce.