O deputado Comandante Dan (Podemos) visitou na segunda-feira (6/5), o acampamento feito pelos servidores da segurança pública em frente à sede do Governo do Amazonas. Montada desde a última quinta-feira (2/5), a ocupação é mantida pelos diferentes segmentos de profissionais que compõem as forças de segurança, por meio de suas associações representativas. A ideia do grupo é desocupar a área quando forem abertas as negociações, em favor do reajuste salarial da categoria.
“Esses trabalhadores estão há quatro anos sem a concessão de data-base, um direito expresso em lei, e acumulam perdas que chegam a 30% do poder de consumo de seus vencimentos. Eles assistiram a outras categorias, como saúde e educação, receberem reajustes e se viram alijados, como se não prestassem um serviço essencial e como se o direito deles não estivesse assegurado por lei. Vim me solidarizar com eles nessa luta, pois é um movimento pacífico, ordeiro e sobretudo justo”, declarou o parlamentar.
O anúncio da data-base das forças de segurança estaduais era aguardado para o dia 21 de abril, conforme estabelece a Lei nº 3.725/ 2012, em seu artigo 7°, que consagra o Dia de Tiradentes, patrono das polícias militares, como o marco anual para o anúncio do benefício.
O deputado, que é coronel da reserva da Polícia Militar do Amazonas, realizou Audiências Públicas, Cessões de Tempo e contagem regressiva contabilizando o período em que as forças de segurança não têm a reposição de perdas.
“Estamos há quatro anos e 15 dias sem a concessão de um direito legal às pessoas que arriscam suas vidas em favor da vida dos cidadãos e da ordem pública. É inconcebível que o Governo do Estado não abra uma mesa de negociação, até porque há precedentes, de 2023, quando trabalhadores da educação e da saúde tiveram seus ganhos recompostos, talvez não a contento, mas tiveram”, enfatizou Dan.
Ele lembrou, ainda, que Manaus é a capital mais violenta do Brasil e a 27ª mais violenta do mundo, segundo a Organização Não Governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e a Justiça Penal, o que mostra a importância e a urgência da valorização dos servidores da segurança.
Servidores da segurança acreditam que a demora na resposta do governo tem fortalecido a adesão ao movimento e também não descartam uma paralisação geral.