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Evento “Wharo: Celebração da Sabedoria Ancestral” ocupou os espaços no Centro Cultural dos Povos da Amazônia
Foto: David Martins / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
A ancestralidade da cultura amazônica foi comemorada nesta sexta-feira (09/08), Dia Internacional dos Povos Indígenas, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, nesta sexta-feira (09/08), a partir das 10h, com uma vasta programação que estendeu por todo o dia no evento “Wahro: Celebração da Sabedoria Ancestral”.
Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado Cultura e Economia Criativa, com a participação da Fundação Estadual dos Povos Indígenas da Amazônia (Fepiam).
A programação teve início às 10h, com uma cerimônia de abertura que contou com a participação do secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, e do diretor técnico da Fepiam, Joabe Leonam.
Foto: David Martins / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Marcos Apolo ressaltou a importância de se valorizar a memória ancestral, como forma de conhecer melhor as tradições dos povos indígenas. Apolo também lembrou que os editais publicados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa sempre têm o cuidado de reservar cotas para indígenas, como é o caso do edital para premiar Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres Culturais nas Artes, que está com inscrições abertas e reserva 12 de suas 60 vagas para indígenas.
“O governo Wilson Lima vem trabalhando nessa articulação, nessa busca do diálogo, acima de tudo, um diálogo continuado, na valorização, acima de tudo, da memória, da história”, afirmou o secretário, que também lembrou que o Conselho Estadual de Cultura tem uma cadeira de Povos Indígenas.
O diretor técnico da Fepiam, Joabe Leonan, destacou que 19,3% da população amazonense são compostos por povos indígenas, uma parcela significante do povo do estado, que merece valorização. “O governador Wilson Lima tem sido muito incisivo de que, através da Fundação dos Povos Indígenas do Estado do Amazonas, nós possamos desenvolver políticas públicas voltadas à garantia da cultura, da preservação histórica, da memória histórica, e também do desenvolvimento da geração de renda dessa parcela da população”, declarou Joabe Leonam.
Foto: David Martins / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Povos diversos
Doutor em Antropologia, Justino Sarmento Rezende, indígena da etnia Tuyuka, pontuou que, quando se fala em povos indígenas, está se referindo a diversas culturas específicas. “É importante lembrar que cada povo tem sua trajetória de vida, com muitas coisas realizadas. Porque cada povo tem sua capacidade de construção de muitas coisas bonitas, que não dá para ficar comparando um povo com relação ao outro”, ensinou.
“Cada povo é um povo diferente, cada povo tem sua capacidade de elaborar conhecimentos, epistemologias, tem suas práticas também, muitas práticas de trabalho, de festas, de músicas, de danças, de viagens, e tudo mais”, destacou Justino Rezende.
Foto: David Martins / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
A programação continuou às 11h, com a apresentação musical do grupo indígena Kuiá. Das 10h às 17h, foi realizada uma edição da Feira Povos Criativos, com a participação de expositores indígenas selecionados pela Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam).
Às 13h30 o colaborador indígena do Centro Cultural dos Povos da Amazônia, Miguel Lana, proferiu algumas palavras acerca do significado do Dia Internacional dos Povos Indígenas, abrindo o Painel Literatura Indígena, com a participação dos escritores Jaime Diakara e João Paulo, além da chef Clarinda, do restaurante Biatuwi, que vai falou sobre gastronomia indígena, com mediação de Pedro Calheiros.
Foto: David Martins / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Às 15h30, teve início o Painel Moda como Micropolítica na Amazônia, com a participação de Kamy, representante de Parintins; Vanda, do Ateliê Derequine, e Yra Tikuna, com mediação de Jessilda Furtado. O encerramento da programação se deu às 16, com a apresentação do grupo Tamo Junto, de Parintins,
O Dia Internacional dos Povos Indígenas foi estabelecido em 1995, pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de garantir a autodeterminação e os direitos humanos das etnias indígenas de todo o mundo.