Foto: Girlene Medeiros/FVS-RCP A situação epidemiológica de Doença de Haff no Amazonas, durante o ano de 2023, foi divulgada, nesta segunda-feira (15/01), pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). O boletim está disponível em: abre.ai/hWQy.
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Boletim está disponível em: abre.ai/hWQy
O boletim fornece cenário detalhado da situação epidemiológica, incluindo número de casos compatíveis notificados, municípios do Amazonas mais afetados, perfil sociodemográfico dos pacientes, espécies de pescados consumidas nos casos e a investigação criteriosa da síndrome e da doença.
A Doença de Haff é uma condição da rabdomiólise, uma síndrome que causa destruição de células musculares e esqueléticas com a liberação de substâncias para a corrente sanguínea. É comum em diversas doenças. Nos casos em que não se pode especificar a causa e há relação com consumo de pescados, a condição passa a ser chamada Doença de Haff.
“O peixe é um alimento muito consumido pela população amazonense e, devido a esta alta demanda, há inúmeros fornecedores. A investigação demonstra que há pacientes que não souberam relatar a origem do pescado. O boletim visa a compreensão coletiva do cenário e as medidas realizadas no enfrentamento da doença a partir de notificação das vigilâncias em saúde municipais”, disse Tatyana.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que o objetivo do boletim é fornecer informações transparentes à população, profissionais de saúde e autoridades locais, visando a compreensão coletiva da situação no enfrentamento à doença, destacando os desafios de identificação do pescado, origem e transporte dos peixes comercializados envolvidos nos casos compatíveis.
Situação epidemiológica
Em caso de suspeita da doença, a recomendação é buscar atendimento médico mais próximo. A rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e interior do estado, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise.
Dos casos compatíveis, 55 ocorreram entre julho e dezembro de 2023.
Em 2023, foram notificados 104 casos de rabdomiólise. Desses, 68 atendem à definição de caso compatível com Doença de Haff e estão distribuídos Itacoatiara (46), Manaus (9), Parintins (5), Manacapuru (3), Careiro da Várzea (2), Silves (1), Nova Olinda do Norte (1), Borba (1). As pessoas dos casos residem em zona urbana e rural.
Os dados analisados no boletim compreendem as investigações realizadas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Amazonas (CIEVS) na FVS-RCP que inclui a investigação de casos compatíveis de Doença de Haff, casos de rabdomiólise de causa desconhecida e Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar compatível com Doença de Haff.
Os sinais e sintomas mais frequentes foram dor e fraqueza muscular. Em média, os sinais e sintomas apareceram 5 horas e 45 minutos após o consumo do pescado. Os peixes tambaqui e pacu foram os pescados mais consumidos.
