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Amazonas registrou 833 casos desse tipo de acidente nos últimos cinco anos
FOTOS: Divulgação/FVS-RCPCom a estiagem em curso no Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), alerta a população para reforçar os cuidados na prevenção de acidentes com arraias. Nos últimos cinco anos, foram registrados 833 casos desse tipo de acidente no estado.
Os acidentes geralmente acontecem quando as pessoas pisam no dorso do animal, que introduz o ferrão na vítima. As áreas mais afetadas são os pés, tornozelos e pernas. Na estiagem, a redução do nível das águas pode elevar o risco de contato com esses animais, que costumam se deslocar para áreas mais rasas e pouco profundas. Por isso, é importante estar atento às mudanças no ambiente natural.
“Durante a estiagem, a diminuição do volume de água faz com que arraias se concentrem em áreas mais acessíveis, aumentando o risco de acidentes. É essencial que a população esteja ciente das precauções necessárias para minimizar os riscos e garantir a segurança”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
De acordo com Elder Figueira, diretor de vigilância ambiental da FVS-RCP, a prevenção a esse tipo de acidente é um desafio já que a água dos rios faz parte do cotidiano de amazonenses ribeirinhos.
“A arraia é um animal que se camufla com a aparência do fundo do rio. Durante a estiagem, em que as pessoas acessam áreas, que costumeiramente ficam submersas, o ideal é redobrar os cuidados e manter a movimentação cuidadosa em áreas de água rasa, arrastando o pé no fundo do rio, pois o contato faz com que a arraia se desloque para outro local”, disse Elder.
Em caso de acidente com arraia, a orientação é lavar o local da picada da arraia com água morna, não usar remédios caseiros ou fazer torniquetes, e buscar imediatamente por atendimento médico no serviço de saúde mais próximo para evitar sequelas graves.
Notificações
O acidente envolvendo arraias não é de notificação compulsória (obrigatória), mas a FVS-RCP identificou casos registrados, pelas secretarias municipais de saúde, que demonstram a ocorrência desse tipo de acidentes em, pelo menos, 40 municípios do Amazonas de 2019 a 2023.