Durante três dias de intensos debates sobre as perspectivas para o setor, o encontro estadual reuniu a classe artística, trabalhadores da cultura, sociedade civil e 205 delegados eleitos nas conferências municipais, no interior e na capital.
Por Rosiel Mendonça, Faartes
Visibilidade
“Sou uma pessoa essencialmente da cultura, que também é professor na área das artes, dessa forma, a minha comunidade de base é a da cultura. É um enorme privilégio receber esse reconhecimento e ser eleito delegado pelo Amazonas para a 4ª Conferência Nacional de Cultura. Defenderemos as propostas construídas na coletividade e trabalharemos na articulação com outros estados para que compreendam as especificidades e necessidades da região amazônica. Trabalhar em parceria com o Conselho Estadual de Cultura (Conec), o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico (Copham), a Secretaria de Cultura e a sociedade civil foi uma imersão na Amazônia Profunda, um aprendizado sem precedentes para mim”, afirma o diretor da Faartes/Ufam.
“Nossa participação tem múltiplos significados. Conseguimos dar visibilidade e estreitar os laços entre a Faculdade de Artes e a comunidade de profissionais da cultura. As ações da Faartes careciam de maior visibilidade para além do poder público, em especial nos municípios do interior. Pudemos expor aos pares da categoria dos fazedores de cultura nossas ações no ensino das linguagens artísticas em nível de graduação e pós-graduação. A repercussão foi bastante significativa”, acrescenta o professor João Gustavo.
Também participaram da conferência estadual, como representantes da Faartes/Ufam e observadores, o produtor cultural Rosiel Mendonça e a presidente do Centro Acadêmico de Música (Camusi), discente Kamila Oliveira, além de egressos da unidade acadêmica.
Promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a 3ª Conferência Estadual de Cultura discutiu e propôs políticas públicas para o fomento da cultura no Amazonas, a partir de sugestões apresentadas em reuniões setoriais e nas conferências municipais.
Políticas culturais
A programação contou com apresentações artísticas, palestras e grupos de trabalho, divididos em seis eixos: Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social; Identidade, Patrimônio e Memória; Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade e Direito às Artes e Linguagens Digitais.
Durante a plenária, foram ratificadas 59 propostas, sendo 45 para o Plano Estadual de Cultura e 14 que serão apresentadas na etapa nacional. Também foram eleitos os mais de 40 delegados da sociedade civil e do poder público que representarão o estado em Brasília.