A iniciativa da EE Diofanto Vieira Monteiro trabalhou o tema por meio de literatura, culinária e música amazonense
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
A 1ª edição da “Feira de Linguagens”, da Escola Estadual (EE) Diofanto Vieira Monteiro, localizada no Centro de Manaus, abordou a regionalidade amazônica por meio da temática da arte e cultura amazonense na Educação Especial, nesta terça-feira (23/04). A unidade de ensino é uma das quatro da rede estadual especializadas para alunos com deficiência em Manaus e atende estudantes a partir de 14 anos, com deficiências intelectuais e múltiplas.
A feira contou com cinco salas temáticas, que abordaram desde a musicalidade amazonense com apresentações culturais no ritmo do “Beiradão’, até a gastronomia local, com um estande da “Feira da Panair”; além de espaços literários, com a exposição de autores amazonenses, como Mário Adolfo e Ana Maria Peixoto. A Feira de Linguagens também teve uma sala destinada ao “Dicionário Amazonês”, repleto de gírias e dialetos típicos da região norte.
“O público-alvo da Educação Especial precisa de materiais adaptados e todas as salas também são pensadas para isso, para a melhoria cognitiva e motora dos alunos”, ressaltou a gestora da unidade de ensino, Solange Belchior.
Diferente das escolas regulares, a Escola Estadual (EE) Diofanto Vieira Monteiro não trabalha com séries sequenciais, como o Ensino Fundamental e Médio. A unidade atua a partir de oficinas pedagógicas e letramento aos estudantes. Atualmente, a instituição tem 169 alunos matriculados nas oficinas de vassouraria, customização, culinária, pintura, corte e costura, e bijuterias.
Além das oficinas padrões, a escola oferece atividades complementares, abordando o estudo da natureza, jogos cognitivos, teatro, dança e informática.
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Construção
Desde o início do mês de abril, os professores e alunos da unidade de ensino colocaram a “mão na massa” para tirar a feira do planejamento anual. Para o professor de Artes, Bernardo Mesquita, o momento foi de educação musical, com a apresentação aos estudantes dos grandes músicos do beiradão. A culminância da atividade aconteceu com a presença do corpo docente, alunos e famílias, com muita música e dança.
“Aqui no Diofanto, a música tem espaço certo. Os alunos adoram conhecer a história do nosso ritmo musical local. Fazemos referência a ele nos nossos materiais”, destacou o professor Bernardo Mesquita.
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Já para a professora Aline Leão, que ministra a oficina de customização, o momento também foi de pesquisa. Sua turma trouxe para a feira o famoso personagem local “O Curumim”, do jornalista Mário Adolfo. Com isso, Aline resgatou a temática dos povos originários, a partir de uma sala repleta de itens da culinária, lazer e cultura dos povos indígenas.
“Confeccionamos os itens com a ajuda dos alunos. Eles participaram de maneira efetiva. Em cada parte do trabalho, ou eles pintaram, ou cortaram, colaram. Estavam presentes em tudo. A feira foi muito especial”, finalizou a professora.
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