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Os bois Caprichoso e Garantido, juntos, geram aproximadamente 5 mil empregos diretos
Fotos: Mauro Neto/ SecomAlém da importância cultural, o Festival de Parintins também é um motor que impulsiona o crescimento de emprego e renda na Ilha Tupinambarana. Este ano, por meio de trabalhos coordenados pelo Governo do Amazonas, o espetáculo deve gerar 2,4 mil empregos diretos e 24 mil indiretos. Os bois Caprichoso e Garantido, juntos, geram aproximadamente 5 mil empregos diretos. Já a perspectiva de movimentação econômica para 2024 é de R$ 160 milhões.
“O Festival de Parintins tem a função de gerar emprego, de gerar renda, de dar oportunidade para as pessoas de todo o estado, mas, sobretudo, para quem mora na cidade de Parintins”, pontuou o governador do Amazonas, Wilson Lima.
Nos bastidores dos galpões dos bumbás, onde são preparadas as alegorias, indumentárias e adereços para o Festival de Parintins, centenas de trabalhadores encontram fonte de renda e movimentam a economia na cidade. São artesãos, costureiras, pintores, soldadores e muitos outros profissionais envolvidos que dependem dessa temporada para investir em melhorias em suas vidas.
Fotos: Mauro Neto/ SecomCaprichoso
No galpão do Boi Caprichoso, cerca de 750 pessoas trabalham diretamente na produção dos módulos alegóricos, indumentárias, adereços e outras atividades, como segurança e serviços gerais dentro dos galpões do Touro Negro.
Foto: Mauro Neto/ Secom
A aderecista Ayra Silva conta que a época do festival é a mais aguardada do ano. De acordo com ela, embora tenha outros ofícios, a renda do evento é importante.
“O festival em si, é muito importante, ele ajuda de um modo completo, desde o vendedor de água, churrasquinho, até aquele que vende o prato mais sofisticado”, disse Ayra.
De acordo com Ericky Nakanome, presidente do Conselho de Arte do Caprichoso, a cada ano, os galpões dos bois reafirmam o papel como espaços que fortalecem a economia local.
Foto: Mauro Neto/ Secom
“É uma movimentação [econômica] importante, que vem desde fevereiro, mas que no decorrer de junho cresce, fazendo com que tenha um momento em que estamos atrás de pessoas com determinados serviços, e não tem, porque está todo mundo empregado, graças a Deus, nos dois bumbás”, enfatizou Ericky.
Garantido
No galpão do Boi Garantido estão 590 trabalhadores, divididos entre kaçauerés (trabalhadores responsáveis pelo transporte das alegorias), costureiras, artesãos e artistas. De acordo com a coordenadora do setor de costureiras, Lucivone Santos, o festival tem sido essencial para complementar a renda.
Foto: Mauro Neto/ Secom
“É um período que a gente aproveita para ganhar aquele dinheirinho e ter aquela renda maior. Usamos para construir nossa casa, porque meu marido é artista aqui também. Acabando, tenho meu ateliê e meus clientes e vou trabalhando de casa”, destacou Lucivone.
Uma das costureiras da equipe de Lucivone é a Auxiliadora Teixeira, mãe solo de quatro filhos, que tem como sustento da família a atividade de costura. É durante o período do Festival de Parintins que ela aproveita para fazer reserva financeira.
Foto: Mauro Neto/ Secom
“Eu trabalho todos os anos aqui e sou conhecida pelo meu trabalho. Eu tenho um ateliê e sou pai e mãe, tenho quatro filhos e é daqui que eu tiro meu trabalho e renda”, disse a costureira.
Investimentos no Festival
Este ano, o investimento do Governo do Amazonas no 57º Festival de Parintins é de R$ 8 milhões, sendo R$ 4 milhões para cada bumbá, além dos patrocínios privados aos bois, que devem chegar a R$ 15 milhões. Somente a Coca-Cola vai repassar R$ 2,5 milhões em 2024, sendo R$ 1,25 milhão para cada boi.