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Corpo de Bombeiros deve reforçar mais apoio de militares no sul do estado onde os focos estão mais expressivos
FOTO: Arthur Castro / Secom
A atuação do Governo do Amazonas, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), já combateu 2.236 focos de calor no estado, desde o início das Operações Aceiro 2024, no interior, e Céu Limpo, na capital, lançadas em 3 de junho, pelo governador Wilson Lima. Além do combate, o Governo intensifica o monitoramento e as ações de prevenção às queimadas com os órgãos estaduais.
As operações têm como foco o combate a incêndios no estado. O governador Wilson Lima entregou, em junho, ao Corpo de Bombeiros viaturas para apoiar no combate aos incêndios. Os dados do CBMAM fazem parte do mapeamento da Sala de Situação do CBMAM, composto por uma equipe técnica especializada que atua, diariamente, na identificação em tempo real dos focos de calor, por meio dos painéis tecnológicos.
A partir da detecção do foco, são enviadas equipes de bombeiros até o local para fazer a verificação e combate às chamas. Neste cenário, boa parte dos focos combatidos, nesse período, foram oriundos dos municípios de Lábrea, Manicoré, Humaitá e Boca do Acre, que ficam no chamado ‘arco do fogo’, região que compreende os municípios no sul do Amazonas.
A celeridade no combate aos focos teve impulso em razão das duas operações iniciarem, neste ano, antecipadamente, em comparação ao mesmo período do ano passado, o que garantiu no combate de mais de 1.500 focos.
FOTOS: Arthur Castro / Secom“Lançamos a operação um mês antes com 12 equipes em 12 municípios, sendo nove do arco do fogo e três da região metropolitana, como Autazes, Careiro e Manaquiri, onde nós tivemos a maior existência de incêndio no passado. Com isso, combatemos mais de 1.500 focos, e se nós não tivéssemos lá, esses focos de incêndio estariam crescendo e destruindo a nossa Amazônia”, explicou o subcomandante-geral do CBMAM, Coronel Menezes.
O subcomandante-geral afirmou que, em agosto, as operações serão intensificadas no sul do estado com o deslocamento de mais brigadistas e viaturas para a localidade.
“Vamos mandar mais gente para esses quatro municípios (Manicoré, Lábrea, Boca do Acre e Humaitá) para colocar nossa equipe estrategicamente nas posições certas no sul do Amazonas, porque a estamos precisando de mais apoio, inclusive vamos reforçar com mais viaturas nesse local”, informou subcomandante-geral do CBMAM.
Prevenção
Com atuação no monitoramento e sensibilização dos focos de calor no estado, a Sema tem monitorado os locais, sobretudo o arco do fogo, que compreende os municípios do sul do Amazonas
“Temos acompanhado 24 horas por dia, sete dias por semana, todos os dados e informações a respeito da situação climática, não só do Amazonas, mas da região como um todo. Em vários biomas, não só o bioma da Amazônia, mas o Cerrado, o Pantanal, também na Amazônia Internacional, já conseguimos identificar pelo satélite um cinturão de queimada já avançando para dentro do Estado do Amazonas, e temos feito de tudo para poder coibir a prática desses crimes ilegais”, disse secretário da Sema, Eduardo Taveira.
Taveira ainda reforça a importância do apoio da população no combate às queimadas. “Nesse momento de mudança climática, é importante contar com a colaboração da população para fazer a denúncia, assim como não deixar queimar lixo, limpar terreno com o uso do fogo, pois isso está proibido até o fim da estiagem. E contamos com a colaboração de todos para podermos enfrentar da melhor maneira possível esse sistema de estiagem”, enfatizou o secretário.
FOTOS: Arthur Castro / SecomFiscalização
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) monitora e fiscaliza focos de calor e, consequentemente, de queimadas, quando constatada a prática desse tipo de ilícito ambiental. O órgão autua e multa o responsável e/ou o empreendimento. Caso o infrator reincida no crime, sua área é embargada e em alguns casos o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é suspenso, podendo chegar a ser cancelado.