Foto: Emerson Martins/Sepror Em ação inédita no Amazonas, o Governo do Estado lançou, nesta quarta-feira (24/01), o projeto-piloto da produção de fibras do curauá. O projeto experimental de implantação ocorreu na Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, Distrito de Novo Remanso, situado em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).
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O objetivo é utilizar as fibras do curauá para atender o setor industrial e gerar emprego e renda na região
De acordo com a chefe de departamento de Política Agrícola, Pecuária e Florestal da Sepror, Waldélia Garcia, o Governo do Amazonas vem incentivando os produtores rurais da região, e agora com a produção do curauá, podem ter mais uma alternativa econômica.
O projeto piloto é coordenado pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), em conjunto com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti); Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam); Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA); e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa); entre outras empresas envolvidas no desenvolvimento da cultura do curauá, como a Unifruti, Compol e Tutiplast.
O objetivo do projeto-piloto é identificar dados técnicos e científicos da produção de fibras do curauá, para ser utilizada no setor industrial, visando atender o mercado de materiais plásticos utilizados em indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), e consequentemente, gerando emprego e renda aos agricultores da região que trabalham na produção da cultura.
“Estamos apoiando essa pesquisa e vai ser um grande avanço, porque vai ser uma fibra produzida aqui na Amazônia sem aquelas condições insalubres de outras fibras que a gente vai poder utilizar na indústria reduzindo o percentual de plástico em vários produtos”, ressalta Waldélia.
“Esse que é um projeto-piloto que está sendo incentivado pela Tutiplast, que é uma indústria amazonense implantada no nosso polo industrial de Manaus e também de uma pesquisa desenvolvida dentro do nosso Centro de Bionegócios da Amazônia, o CBA”, afirma Tayana.
Para a secretária Executiva-Adjunta de Relações Institucionais da Sedecti, Tayana Rubim, a produção do curauá pode se tornar mais uma alternativa econômica para o estado.
“A fibra do curauá é um produto em que nós acreditamos. Como a nossa região tem um potencial agrícola imenso, como todos conhecem, o Novo Remanso é onde fica localizada uma da maiores produções da fruticultura, a gente também acredita no projeto do curauá, que vai agregar valor para as famílias da região e dos produtores rurais”, disse o líder da Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, e produtor rural Claudimar Mendonça.
O curauá é uma planta nativa da Amazônia, onde as fibras que são extraídas de suas folhas são utilizadas em produções do setor automobilístico, indústria têxtil, setor agrícola e construção civil, setor de telefonia e computadores e entre outros.
Também estiveram presentes os representantes do Banco da Amazônia (Basa); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Instituto de Federal do Amazonas (Ufam); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/AM).