Em um ano, 14 casos assintomáticos de malária foram identificados por meio do teste molecular
FOTO: Rafael Marques
A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) recebeu, nesta quinta-feira (18/04), uma equipe do Ministério da Saúde para avaliar os resultados e desempenho do Teste de Ácido Nucleico (NAT) para malária, após um ano de implementação da nova tecnologia.
No primeiro ano de implantação, o Hemoam identificou 14 casos positivos de malária no sangue de doadores assintomáticos. Dos 14 casos identificados, seis são de doadores de sangue de Manaus, dois de Tefé, três de Roraima e três de Rondônia. Ao todo, mais de 130 mil doadores foram testados no NAT, nesse primeiro ano de implantação.
A diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio, avaliou os resultados. “Os primeiros resultados mostram o quanto essa tecnologia é importante para os doadores e para quem vai receber o sangue dos doadores para que tenham mais segurança transfusional. E depois dessa visita sabemos que poderemos aprimorar ainda mais o que já estamos fazendo aqui no laboratório”, destacou.
O Coordenador Geral de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, Fabiano Romanholo, ressaltou a importância da visita. “O Hemoam foi um dos primeiros hemocentros onde teve implantação do Nat Plus e, por se tratar de um teste novo, essa visita faz parte do trabalho de avaliação dessa tecnologia para a gente conseguir ver se está havendo alguma dificuldade e se podemos melhorar”, comentou.
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Atualmente, as normas de segurança determinam que os doadores de sangue que estiveram em regiões com alto índice de malária fiquem inaptos à doação por 30 dias. Romanholo informou que, a partir do NAT Plus, já tem estudos para diminuir esse prazo.
O coordenador destacou o papel do teste para a segurança do receptor. “Com esse teste molecular estamos pegando casos assintomáticos de malária, então isso mostra a importância desse teste para que receptores, que já estão em uma situação vulnerável de saúde, não sejam transfundidos com aquela bolsa”, disse.
Além do Coordenador Geral de Sangue e Hemoderivados, a visita foi acompanhada por técnicas da Bio-Manguinhos/Fiocruz, a diretora-presidente do Hemoam, o diretor técnico da Fundação e a equipe do laboratório.
Teste em nível molecular
O Hemoam foi o primeiro da região Norte a realizar análise laboratorial em nível molecular em todas as bolsas de sangue de doadores, por se tratar de área endêmica para malária.
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Em 2023, na etapa de entrevista, foram considerados inaptas à doação 577 pessoas que visitaram área endêmica de malária, condição que ocupa o segundo lugar nas inaptidões, atrás apenas da anemia. A análise sobre as áreas endêmicas tem como base a Incidência Parasitária Anual (IPA) de Malária, do Ministério da Saúde.
O NAT Plus funciona como uma segunda barreira de segurança, fazendo o teste molecular para detectar a malária em pessoas assintomáticas.
O laudo técnico sai após sete horas de processamento para quatro tipos de doenças: malária, hepatites B e C e o HIV, o vírus da Aids. Se o teste não identificar a presença de vírus, a bolsa de sangue é liberada para ser utilizada nos hospitais.
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