O boletim registra o preço médio de 61 produtos agrícolas e pode ser utilizado em políticas públicas como o Preme, da Seduc
Foto: Divulgação/Idam
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal e Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) divulga, pela primeira vez, os dados da Pesquisa Anual de Preços Agropecuários, realizada em todo estado. O levantamento tem como objetivo registrar o preço médio dos principais produtos agrícolas, pecuários, florestais e pesqueiros praticado nos municípios amazonenses.
O boletim registra o preço médio de 61 produtos agrícolas, dos quais 12 são contemplados pelos Projetos Prioritários (PP) no Idam, sendo eles: abacaxi, açaí, banana (pacovã e prata), farinha de mandioca (d’água e seca), peixe (tambaqui e jaraqui), carne bovina, castanha-do-Brasil e mel de abelha.
O levantamento é realizado por técnicos dos escritórios do instituto com três agricultores familiares e produtores rurais de cada produto pesquisado, mensalmente, e enviado, no último dia do mês, para a Gerência de Acompanhamento e Controle (Geac). Com as informações recebidas, a gerência dá início à consolidação, análise e processamento de dados, deixando-os disponíveis para consulta por diversos órgãos.
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Os dados da pesquisa são importantes, primeiramente, para o próprio Idam, que consegue mensurar o reflexo das atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no crescimento da renda do agricultor familiar, como enfatiza o estatístico do Departamento de Planejamento (Depla) Idam, Antony Maciel.
“Outros órgãos, como Universidade Federal Amazonas (Ufam) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também usam os dados para fins de pesquisa e programas próprios. A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, por exemplo, utiliza as informações no Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), ao qual os agricultores familiares podem concorrer aos editais para venda dos seus produtos agrícolas”, explicou o estatístico.
Dados de 2023
Foto: Divulgação/Idam
A análise dos dados coletados entre julho a outubro de 2023 apontou um aumento preço médio dos produtos em decorrência da estiagem severa, que provocou o menor índice de chuva dos últimos 40 anos.
De acordo com o levantamento, a farinha d’água teve a maior variação de preço durante a estiagem do ano passado, cuja saca de 50 kg chegou a custar R$ 383,79, registrando um aumento de 48% em relação a todo o ano de 2022. Na sequência, veio a farinha seca, cuja saca de 50 Kg chegou a custar R$ 342,47, uma alta de 37%.
Em contraponto, outros produtos apresentaram redução de preço, a exemplo do bovino para abate, cujo o preço da arroba diminuiu 9%, também em relação ao acumulado dos 12 meses de 2022, chegando a R$ 292,20. Em seguida veio a castanha-do-Brasil, com preço médio do hectolitro de R$ 259,44, representando uma queda de preço de 8%.
O boletim completo está disponível no link.
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