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Atualmente, a escola da rede estadual atende a mais de 1 mil alunos de Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio
Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
“Uma vez ieano, sempre ieano”, esse foi o grito de guerra entoado pelos estudantes do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), no Centro de Manaus, que nesta sexta-feira (08/11) participaram da solenidade de comemoração dos 144 anos da unidade de ensino da rede estadual. Com a presença de alunos e profissionais egressos, apresentações musicais e dramatúrgicas sobre a história do colégio e votos de projetos futuros proferidos pela atual equipe docente, o dia foi de festa no IEA.
Criado no dia 4 de novembro de 1880 enquanto uma escola formadora de professores para o ensino público amazonense, o IEA já era uma intenção antiga, idealizado desde 1852, pelo então primeiro presidente da Província do Amazonas, o político e escritor amazonense Tenreiro Aranha. Com o passar dos anos, teve diversos nomes e também ocupou algumas localidades do Centro de Manaus.
Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
A partir do Decreto-Lei assinado pelo então interventor federal Álvaro Botelho Maia, em 1940, o patrimônio histórico de Manaus passou a ser chamado oficialmente de Instituto de Educação do Amazonas, nome que carrega até os dias atuais. Formou dezenas de gerações de professores e estudantes, que hoje lembram e vivem com muito carinho a rotina da escola.
Esse é o caso de Leneyde Dabela Vieira, presente na solenidade desta sexta-feira. Em 1974, Leneyde se formou professora de magistério no IEA. Anos mais tarde, voltaria para escola para atuar no corpo docente da instituição. Após mais de 20 anos de serviços prestados para a escola, aposentou-se em 2023, com o sentimento de dever cumprido, ressaltou a educadora.
“O IEA é minha segunda casa. Foi aqui que passei a maior parte da minha vida. Essa instituição me proporcionou uma carreira, foi trabalhando aqui que criei meus filhos. Meus filhos estudaram aqui. Me considero uma pessoa abençoada, porque conquistei tudo que idealizei. Estar aqui é constatar isso, sempre com muita alegria”, compartilhou Leneyde, emocionada e também interrompida, durante a entrevista, por um grupo de alunos que sentem falta da docente.
Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Um universo educacional
Com mais de 1 mil alunos matriculados em modelo de ensino de tempo integral, o IEA tem em seu calendário escolar uma gama de atividades já estabelecidas que fortalecem o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes em sua totalidade. Mostras literárias, de artes, de geografia, química, semanas de debates sobre povos indígenas, sobre a consciência negra, projetos de autonomia do estudante, como os júris simulados, fanfarra e o aluno-monitor.
“São muitas atividades que desenvolvemos. Para além de ser uma responsabilidade muito grande, também é uma honra gerir esse patrimônio da sociedade amazonense. Também me formei aqui enquanto professora de magistério, e me sinto na obrigação de retribuir”, enfatizou Ji Suk Guedes, diretora do IEA.
Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
E foi com a junção das atividades desenvolvidas na rotina escolar do IEA com o arquétipo histórico que a escola carrega, que a estudante Marina Bentes, de 17 anos, definiu os próximos passos da sua vida. Natural de Terra Santa, no Pará, a aluna veio para Manaus em 2022, e realizou a matrícula no IEA pela fama do colégio, que ultrapassa as fronteiras amazonenses.
“Eu já conhecia o colégio, justamente por toda a história que ele tem. Hoje, depois de um júri simulado que participei, sonho em cursar Direito. É meu objetivo, e sou muito apoiada pelos meus professores, meus colegas. Aqui, me sinto em família. Não me enxergo em outra escola, já são três anos de muita felicidade”, finalizou a estudante.