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O linfedema é uma sequela decorrente do tratamento oncológico e causa inchaço nas pernas ou nos braços, dependendo da área em tratamento
FOTO: Graziela Silva/FCecon
Uma sequela comum em pacientes submetidos à cirurgia de retirada de linfonodos, que pode ser potencializado ainda por quimioterapia e radioterapia, é o linfedema, que causa inchaço nos membros inferiores e superiores. O serviço de Fisioterapia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) oferece tratamento aos pacientes oncológicos que apresentam este quadro.
O linfedema pode aparecer como sequela devido à extensão do tratamento oncológico e afeta o sistema linfático, causando inchaço dos braços ou das pernas.
“Normalmente, o linfedema é uma complicação tardia. Aparece dois anos após a cirurgia, às vezes seis meses depois, depende da extensão cirúrgica e do número de linfonodos que foram retirados. Se esse paciente foi submetido à radioterapia ou quimioterapia”, explica Patrícia Chagas, fisioterapeuta e gerente do serviço de Fisioterapia da FCecon.
Conforme a especialista, o ganho de peso também é um fator de risco para o paciente oncológico desenvolver o linfedema.
Atendimento
A paciente Maria Judith Santarém realizou cirurgias para tratar um câncer na região pélvica, e, alguns anos depois, apresentou um inchado no pé. Maria descobriu uma trombose, doença que o paciente oncológico tem maior predisposição para desenvolver.
Maria Judith tratou a trombose. Depois, passou a tratar o linfedema com os fisioterapeutas da FCecon.
“A minha perna estava muito inchada, a coxa também. Eu sentia um desconforto para andar, porque pesava muito a minha perna. Esquentava também. A fisioterapia me ajudou bastante. Ela (perna) está leve, não sinto mais aquele peso que tinha e melhorei bastante”, contou.
É importante que o paciente procure o setor de Fisioterapia assim que sentir peso no braço ou perna e se perceber que os membros superiores e inferiores incham e desincham ao longo do dia. Conforme Patrícia Chagas, estes são sinais iniciais do linfedema e o melhor momento para tratar.
A terapia física complexa, que inclui o enfaixamento em multicamadas, é o principal recurso para a redução do inchaço. Também fazem parte do arsenal de técnicas a fotobiomodulação (aplicação de laser com efeito terapêutico), a terapia por ondas de choque e o exercício físico.
FOTOS: Graziela Silva/FCecon“A Fundação Cecon é referência para o tratamento de linfedema no paciente oncológico. Temos recursos necessários tanto para a fase de manutenção, quanto para a fase de redução do linfedema. Nós fazemos, também, a educação do paciente. É importante que eles consigam fazer esse controle em domicílio”, disse a fisioterapeuta.
Números
Entre janeiro e junho de 2024, o serviço de fisioterapia realizou 3.469 procedimentos no atendimento ambulatorial.