A rede de Saúde do Estado conta com centros instalados para esse fim, nas maternidades Balbina Mestrinho, Ana Braga e Instituto da Mulher
FOTO: Evandro Seixas/SES-AM
Nos três primeiros meses deste ano, mais de 300 mulheres optaram por ter os seus bebês nos Centros de Parto Natural Intra-Hospitalar (CPNIs), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), em Manaus. Os CPNIs, que funcionam nas maternidades Balbina Mestrinho, na zona sul, Ana Braga, na zona leste, e Instituto da Mulher Dona Lindu, na zona centro-sul, oferecem diversas modalidades de parto natural, todos com o mínimo de intervenção possível.
A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, destaca que a política adotada pelo Governo do Amazonas é de incentivo ao parto natural humanizado, seguindo os critérios e recomendações do Ministério de Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
FOTO: Evandro Seixas/SES-AM
“Queremos uma mulher acolhida, cuidada por uma equipe multiprofissional e com assistência de qualidade. Humanizar ainda mais a assistência à parturiente é uma determinação sempre reforçada pelo governador Wilson Lima”, pontua a secretária de Saúde.
Em 2023, segundo Nayara Maksoud, as três maternidades realizaram 1,2 mil partos nos CPNIs, oferecendo tratamento humanizado e seguro às gestantes. Na Balbina Mestrinho e no Instituto da Mulher, explica a secretária, as suítes de parto são também multiculturais, preparadas para receber indígenas, quilombolas e estrangeiras, respeitando as culturas e costumes tradicionais.
Os CPNIs permitem o nascimento natural de forma humanizada e em diversas modalidades, explica a titular da SES-AM, como o parto na água ou o parto vertical, que ajudam o corpo da parturiente no processo de dar à luz. “A proposta dos CPNIs é oferecer assistência humanizada à gestante, no pré-parto, durante o parto e após, assim como ao recém-nascido, cumprindo todos os protocolos operacionais de procedimento com segurança”, observa.
FOTO: Evandro Seixas/SES-AM
E um dos diferenciais dos CPNIs, enfatiza a secretária de Saúde, é a fisioterapia pélvica durante o trabalho de parto, para auxiliar a gestante no processo de dilatação e aliviar as dores das contrações. “Na atividade, os profissionais conversam com as parturientes, para que elas mantenham a calma até o momento mais importante, o nascimento do bebê”, ressalta.
Funcionamento do serviço
As maternidades Balbina Mestrinho, Ana Braga e Instituto Dona Lindu contam, juntas, com 11 suítes nos CPNIs, equipadas com métodos de alívio não farmacológico da dor, com equipamentos para exercícios que ajudam na dilatação e que estimulam o parto normal. Nos locais, as mulheres em trabalho de parto são assistidas por enfermeiros obstetras.
Nas três maternidades são realizados atendimentos individualizados à gestante de risco habitual, seguindo critérios específicos do MS. Além de garantir à parturiente o atendimento humanizado, ainda permite a presença de um acompanhante de sua escolha, incentivando o protagonismo da mulher.
A maternidade Balbina Mestrinho e o Instituto da Mulher Dona Lindu também recebem indígenas, quilombolas e estrangeiras. As suítes de parto das duas unidades são multiculturais.
Atendimento diferenciado
Durante o trabalho de parto, um dos exercícios importantes realizados pelas equipes dos CPNIs com as futuras mamães é a fisioterapia pélvica, que auxilia a gestante no processo de dilatação, para aliviar as dores das contrações. Na atividade, os profissionais conversam o tempo todo com as parturientes, para que elas se mantenham tranquilas.
FOTO: Evandro Seixas/SES-AM
A coordenadora de Fisioterapia Obstétrica da Maternidade Balbina Mestrinho, Samara Maman, explica que a fisioterapia é uma ferramenta bastante eficaz, nesse processo. “Aqui, as grávidas recebem toda assistência. Acompanhamos a mulher no trabalho de parto normal e natural, trabalhando com exercícios, facilitando a descida do bebê, tentando reduzir o trabalho de parto, fazendo-a sentir-se acolhida, pois estamos orientando, estimulando o exercício, e também a descansarem, para tornar aquele momento mais especial”, detalha.
Segundo a fisioterapeuta Caroline Araújo, que atua na Maternidade Ana Braga, ao dar entrada na unidade, a gestante é avaliada pelas enfermeiras. Após comprovar que a gestação não é de risco, ela é encaminhada para o CPNI.
“A partir desse momento, verificamos se a paciente está cansada e se conseguiu se alimentar. Se estiver no início do trabalho de parto, começamos com exercícios mais leves, que ajudam para descontrair a mãe e aliviar um pouco a dor. Elas sempre falam que se sentem acolhidas, porque ajudamos e abraçamos essas mulheres, as empoderando-as para que se sintam donas do parto”, comentou.
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