Criado: Quinta, 25 Julho 2024 14:34
A ideia é incorporar projeto da UEA ao IDH+, fortalecendo a parceria da universidade com o MPAM
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) realizou uma visita técnica à Escola Municipal Padre Puga, em Petrópolis, Zona Sul de Manaus, com o intuito de avaliar a incorporação do projeto Sala de Psicomotricidade, de autoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), ao projeto IDH+. A ideia do encontro, que teve presença da equipe do IDH+, do promotor Lauro Tavares (coordenador do IDH+) e do procurador-geral de Justiça (PGJ), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, é expandir a iniciativa tanto em âmbito local quanto nacional.
A Sala de Psicomotricidade utiliza materiais sustentáveis da Amazônia para criar um espaço de aprendizagem e brincadeiras, que beneficiam o desenvolvimento de crianças típicas e atípicas, especialmente em bairros onde não há infraestrutura adequada, como praças ou quadras poliesportivas.
Ao conhecer o projeto in loco, o PGJ Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior destacou a importância do projeto para a educação infantil, enfatizando que a primeira infância deve ser tratada com sensibilidade. “Não há outra forma de mudar a realidade da nossa sociedade, a não ser pela educação. Levar esse projeto a Brasília, para ser apresentado ao Ministério da Educação, é fundamental para expandi-lo em todo o Amazonas”, afirmou.
O promotor-coordenador do IDH+, Lauro Tavares, ressaltou que o projeto visa desenvolver o lado cognitivo das crianças de maneira mais acelerada, preenchendo uma lacuna na educação física infantil, especialmente em Manaus. “É essencial para melhorar os índices de desenvolvimento humano, conforme as ODS voltadas para a educação”, comentou.
O projeto IDH+ se baseia nos índices de desenvolvimento humano dos municípios amazonenses, buscando criar alternativas para melhorar a qualidade de vida e oferecer oportunidades de crescimento para seus habitantes. A implementação da sala de psicomotricidade, que é um ambiente voltado para o desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo de crianças, visa potencializar esses objetivos.
O professor Vanderlan Santos Mota, da UEA, explicou que a sala de psicomotricidade foi criada para preparar as crianças do 1º ao 4º ano para atividades esportivas mais avançadas. Ele destacou que a iniciativa tem sido eficaz, com a escola alcançando um Ideb de 7,2%, salto significativo em relação aos índices anteriores que giravam em torno de 3%. “A educação física escolar tem um papel importantíssimo nesse contexto”, concluiu.
O próximo passo dos projetos, em parceria, inclui uma visita ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no dia 9 de agosto, para acompanhar o processo de produção dos materiais sustentáveis que compõem a sala de psicomotricidade, como bambolês, paredes de escalada e cones, entre outros objetos feitos com madeiras da Amazônia, para então avaliar o potencial de expansão da iniciativa.
Texto: Yasmin SiqueiraFoto: Hirailton Gomes