ACNUR e OIM atuarão junto a técnicos da Sejusc
Foto: Lincoln Ferreira/Sejusc
Para reforçar as ações do Governo do Amazonas de prevenção a violações de direitos humanos durante o 57º Festival de Parintins, a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) firmou parceria com as Agências da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (ACNUR) e para as Migrações (OIM). Com isso, serão realizadas atividades de combate à xenofobia e ao tráfico de pessoas no período.
As ações integram a campanha “Boi-bumbá para todos”, desenvolvida pela Sejusc, que chega ao segundo ano, com ações de sensibilização e prevenção de grupos mais vulneráveis em grandes eventos. O ACNUR e a OIM estarão presentes no Festival de Parintins de forma inédita, sendo a primeira participação das agências no evento.
A partir do dia 25 de junho, as equipes atuarão em conjunto em pontos estratégicos da cidade com foco no combate à xenofobia, que pode se manifestar como atitudes, preconceitos e comportamentos que rejeitam, excluem e diminuem pessoas de outras nacionalidades por entender que elas são estranhas à comunidade.
Foto: Lincoln Ferreira/Sejusc
Ao mesmo tempo, o trabalho irá incluir a sensibilização sobre o tráfico de pessoas, reforçando cuidados, canais de denúncia e alertando as principais vítimas, que são meninas e mulheres.
Para a secretária titular da Sejusc, Jussara Pedrosa, essa é mais uma iniciativa que se soma à proposta de tornar o Festival de Parintins uma festa segura para todos os públicos. “Esse é o nosso segundo ano da campanha ‘Boi-bumbá para todos’ e é importante ver que estamos alinhando parcerias que nos ajudam a chegar mais perto do público que precisamos”, reforçou a secretária.
Foto: Lincoln Ferreira/Sejusc
Agências da ONU
A OIM, presente em Manaus desde 2019, atua na região com o objetivo de salvar vidas e proteger as pessoas em movimento, impulsionar soluções para o deslocamento e facilitar as vias para a migração regular. Além de apoiar pessoas da Venezuela em situação de vulnerabilidade, que se encontram na capital amazonense, a organização trabalha em suporte às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia, assim como na área de mobilidade, meio ambiente e mudança do clima.
O ACNUR é uma organização dedicada a salvar vidas, assegurar os direitos e garantir um futuro digno a pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos. Em Manaus, a presença da agência foi restabelecida, em 2017, para atender ao fluxo de pessoas venezuelanas e de outras nacionalidades que chegavam ao norte do país, onde permanece atuante.
De acordo com a coordenadora de escritório da OIM em Manaus, Águida Bezerra, a participação da agência no Festival de Parintins é um marco importante na inclusão de pessoas refugiadas e migrantes. “Nossa atuação na festa será para reforçar o enfrentamento à xenofobia e a inclusão de todas e todos. Também faremos um alerta contra o tráfico de pessoas, informando alguns meios de prevenção e denúncia. Com o Governo do Amazonas e os demais parceiros, queremos destacar potencial e as contribuições positivas para o desenvolvimento sustentável da migração”, disse.
Foto: Lincoln Ferreira/Sejusc
A chefe do escritório do ACNUR em Manaus, Laura Lima, destaca que a participação inédita das agências da ONU no Festival de Parintins representa uma oportunidade ímpar “para promover a inclusão social, combater a xenofobia e defender os direitos, não só das pessoas refugiadas, apátridas e migrantes que vivem na Amazônia, mas de todas as pessoas que moram na região”, destacou.
“Com a nossa participação, visamos sensibilizar o público sobre a importância da acolhida humanitária e do respeito aos direitos humanos. A Amazônia é ponto de encontro de culturas, e Parintins a expressão desse DNA diverso. Por meio de ações de conscientização e prevenção durante o Festival, queremos reforçar que a diversidade cultural é uma riqueza a ser celebrada, não um motivo para a exclusão. O combate à xenofobia é uma responsabilidade coletiva”, concluiu Laura Lima.
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