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É grande quantidade de pacientes que procura a urgência e emergência, em casos que poderiam ser tratados na atenção básica
Foto: Evandro Seixas/SES
Os Hospitais e Prontos-socorros (HPSs) infantis e adultos do Governo do Amazonas, na capital, realizaram 260.264 atendimentos no primeiro semestre deste ano. O balanço é da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Segundo o órgão, foram 111.022 crianças e 149.242 adultos atendidos. Parte dos atendimentos realizados em Manaus foram de casos que podem ser tratados na atenção básica, em unidades de saúde municipais.
Dos 111.022 atendimentos infantis, 69.769 mil foram classificados com as cores azul e verde, que, conforme o Protocolo de Manchester, indicam casos de baixa complexidade. Foram mais de 62% dos pacientes com esse perfil, que é de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Prefeitura. Nos Prontos-socorros adultos, dos 149.242 mil atendimentos, 46.564 foram classificados como de baixa complexidade, ou seja, 31% dos casos foram de atenção básica.
O protocolo de Manchester é um método validado pelo Ministério da Saúde (MS) e que segue as recomendações sobre a Política de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). O protocolo classifica os casos por meio de um sistema de cores: azul e verde são de baixa complexidade; amarelo, laranja e vermelho, vão de média a alta complexidades.
Foto: Evandro Seixas/SES
O objetivo, explica a secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud, é garantir, nas unidades de urgência e emergência, o atendimento prioritário aos pacientes com casos de maior potencial de agravamento.
Nayara Maksoud ressalta que, por serem unidades de porta aberta, que não fazem restrição a pacientes, todos que chegam recebem atendimento nos prontos-socorros da rede. Mas ela alerta que os casos de baixa complexidade acabam sobrecarregando o sistema. Além disso, os pacientes com esse perfil precisam aguardar um pouco mais para serem atendidos, porque a prioridade são os chegam em situação de urgência e emergência.
“É um cenário que aponta para a necessidade de se repensar a organização da estrutura de saúde de baixa complexidade, um ponto que deveremos colocar em discussão com a Prefeitura, para que estude a possibilidade de as UBSs darem suporte em horários alternativos, de forma a atender a fatia da população que não pode ir às unidades durante o horário de trabalho”, afirmou.
“Esta é uma pauta de extrema importância e acreditamos que este seja o melhor caminho para que o sistema funcione da forma como preconiza o SUS, com as unidades atendendo dentro das suas competências”, reforçou.