Na quarta-feira (29/08), o deputado estadual Rozenha (PMB) fez um alerta aos parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) sobre a possibilidade de um colapso social e econômico iminente no Estado. O parlamentar destacou as previsões do pesquisador Andre Martinelli, do Serviço Geológico do Brasil, que apontam para uma forte estiagem que afetará o Rio Negro e suas comunidades em 20 dias. Rozenha ressaltou que essa não é uma vazante comum e que a população do Amazonas corre o risco de entrar em colapso.
Uma das consequências da rápida descida do nível do Rio Negro é a decisão do Porto Chibatão, o maior complexo portuário privado da América Latina, de deslocar metade de sua estrutura para o município de Itacoatiara para evitar a paralisação das operações devido à projeção de baixo calado do rio. Rozenha enfatizou que essa é a maior seca já registrada e que a falta de água nos afluentes da região ameaça a fome de dois milhões e meio de amazonenses.
O deputado criticou a falta de ação do Governo Federal em relação à crise climática e humanitária que se agrava no Amazonas. Segundo ele, o governo foi alertado desde abril por meio de mais de 10 ofícios enviados pelo Governo do Estado aos ministérios do Meio Ambiente, das Cidades, dos Portos e Aeroportos, dos Transportes, da Integração e Desenvolvimento Nacional, além do BNDES. No entanto, até o momento, a ajuda federal não foi suficiente para atender às necessidades do Estado.
Rozenha alertou que, em 20 dias, as imagens da seca e da morte de animais como o boto e o jaraqui começarão a circular pelo mundo, e que é preciso que o Brasil reconheça e ajude o Amazonas nesse momento de crise. Ele finalizou afirmando que todos os 62 municípios do Estado já estão em situação de emergência e que é necessário que o país enxergue e reconheça os amazonenses como brasileiros.