Poucas horas após finalizar a parte de palestras da Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento do Amapá – 2024, a Suframa cumpriu na quinta-feira (23) à tarde, uma agenda de visitas técnicas para o conhecer instituições e projetos do ecossistema de educação e inovação em Macapá. A ação foi coordenada pelo superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Autarquia, Waldenir Vieira, e contou com a participação de representantes dos três programas prioritários de PD&I na região: Centro Internacional de Tecnologia de Software do Amazonas (CITS), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e Softex.
Pela ordem foram visitados o Hospital Universitário (HU), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), a startup Ages Bioactive e o Colégio Amapaense, onde foi inaugurado o laboratório do “Samaúma Tech”, voltado para capacitação dos professores da educação básica em temáticas tecnológicas como robótica, programação e cultura maker, entre outras. O projeto é coordenado pelo CITS, com recursos de R$ 6 milhões destinados pela Positivo Tecnologia ao Programa Prioritário de Indústria 4.0 e Modernização Industrial (PPI4.0).
No HU, a comitiva foi recebida pelo gerente Ensino e Pesquisa da instituição, José Carlos Tavares, e conheceu o Centro de Pesquisa Clínica inaugurado no início no último dia, com a proposta de ser referência para o Brasil e o mundo no estudo de novos medicamentos.
José Carlos ressaltou a importância de novos projetos para o hospital que, segundo ele, representa um fator importante na resolução de algumas situações para melhoria na saúde do Estado do Amapá. A Suframa também é personagem imporante nesse processo, de acordo com o gerente. “Eu acredito que a Suframa pode abrir, inclusive, outra área para investimento na questão da pesquisa clínica na Amazônia, valorizando, principalmente, os produtos da biodiversidade amazônica”, sugeriu.
O Centro de Pesquisa Clínica foi criado com a finalidade de realizar avanços na área de pesquisa médica, proporcionar melhorias no atendimento, além de formar e capacitar profissionais da área.
StartupOutro projeto com foco na saúde foi apresentado à Suframa e companhia pelo CEO e fundador da Ages Bioactive, Caio Aguimón. O trabalho desenvolvido pela startup é ligado à bioeconomia, com investimento pesado na área de pesquisa de ponta e educação clínica junto a médicos e profissionais do setor, para fazer as moléculas amazônicas serem mais utilizadas e conhecidas em protocolos médicos, além de trabalhar em temas relevantes para a saúde como síndromes metabólicas, problemas nos músculos esqueléticos e dor.
“São investimentos que agora estão ficando fortes aqui no Amapá. O estado tem uma enorme vocação natural por ter uma grande universidade, um hospital universitário, por ter todo esse bioma em volta. São um polo gigantesco de saúde referência mundial, principalmente em inovação e em pesquisa!”, frisou Caio Aguimón.
Samaúma TechInaugurado em um clima de muita descontração entre autoridades e estudantes, durante uma programação em que o superintendente-adjunto Waldenir Vieira ressaltou a importância do investimento para o Amapá e a região como um todo, o laboratório “Samaúma Tech” vai impactar a vida de 6 mil alunos e 500 professores, em todos os municípios amapaenses, conforme informado pela coordenadora geral do projeto, professora Simone Leal.
A diferença é que, com mais essa oportunidade e criação de novas tecnologias, abre-se outra vertente com a inclusão desses equipamentos e pessoas capacitadas para usá-los nos ambientes públicos, conforme explicou a educadora. “A Suframa esteve em dezembro aqui, durante o anúncio do projeto e está presente novamente na inauguração. Isso é muito importante, a participação da Autarquia no processo. Tem nos incentivado em relação a aplicação dos recursos”, sintetizou.
Para o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia do Amapá, Edivan Barros de Andrade, que acompanhou todas as três visitas, avaliou, por meio dos números, a importância da materialização do Samaúma Tech. “O Amapá tem um aprendizado muito baixo, por exemplo, em matemática, no ensino médico. E essas novas tecnologias, especialmente a Robotic e o Maker, traz o aluno e o professor para essa nova realidade da inovação, da tecnologia, que tem impulsionado muitas mudanças no mundo e em todos os aspectos da vida da sociedade. Então é um aprendizado novo, extremamente consistente e robusto para o futuro dos alunos e para o futuro dessa escola também”, analisou.
O secretário avaliou como positiva a presença da Suframa nos três locais visitados e, principalmente, a realização da Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento no Amapá. “Minha avaliação é que essa metodologia da Suframa traz inovação, desenvolvimento, porque descentraliza a execução dos recursos da Autarquia. Isso permite com que atores da sociedade, sejam eles econômicos ou atores sociais, como uma universidade ou uma secretaria de educação, possam acessar recursos, fomentar o desenvolvimento e a inovação tecnológica na região”, finalizou.
AdjuntosAlém de Waldenir Vieira, também participaram das vistas pela Suframa, os superintendentes-adjuntos Frederico Aguiar (Executivo) e Leopoldo Montenegro (Projetos), além dos servidores Caroline Vital (CGDER), Maria Melo (SAD), Dave Mcliam (CGAPI/SPR), Jaíze Alencar (Eventos) e Isaac Júnior (Comunicação).