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O Programa do Artesanato Amazonense obteve um notável crescimento de 25,14% em participações em eventos
Foto: Jamille Silva/Setemp
O artesanato amazonense arrecadou R$ 6,4 milhões com a comercialização de peças e produtos durante o ano de 2024, em feiras e eventos nacionais e internacionais. O resultado reflete o apoio do Governo do Estado à participação dos mais de 3.900 artesãos nos eventos viabilizados pelo Programa do Artesanato Amazonense (PAA).
Os dados consolidados foram divulgados pela Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). Segundo a secretaria, o resultado do ano de 2024, representa para o Programa do Artesanato Amazonense um notável crescimento de 25,14% em relação ao ano anterior.
Os artesãos cadastrados no Programa do Artesanato Amazonense tiveram trabalhos expostos em feiras, mostras e eventos nacionais e internacionais, além de manter espaço físico no Shopping do Artesanato e Economia Solidária, onde muitos podem expor e divulgar produtos como biojoias, cestarias, roupas, brinquedos de pano, cosméticos, artigos domésticos, entre outros.
O artesanato amazonense conta com incentivo do Governo do Estado no desenvolvimento, valorização e expansão do setor, com divulgação e comercialização de produtos por meio da participação em eventos. Esse incentivo é responsável por difundir os saberes tradicionais, estimular o potencial de crescimento dos artesãos e artesãs, e funciona como importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato local.
Em 2024, houve crescimento no número de artesãos beneficiados com participações em eventos, superando a marca de 3.900 artesãos em todos os eventos viabilizados pela Setemp. O número de produtos artesanais comercializados, de janeiro a dezembro, foi superior a 200 mil peças vendidas.
O secretário executivo do Trabalho e Empreendedorismo, Paulo Gilson Ferraz, avalia que os eventos incentivam a produção do artesanato amazonense como alternativa econômica.
Foto: Jamille Silva/Setemp
“Percebemos que o crescimento do setor do artesanato cresceu significativamente em 2024 com a participação em diversas feiras e eventos, e isso alavancou a comercialização dos produtos artesanais. Tivemos um notável crescimento de 25% em relação ao ano de 2024. Esse crescimento reforça a importância da cadeira produtiva artesanal para o desenvolvimento sustentável e econômico do Amazonas”, destacou o titular da Setemp.
Destaque estadual
Durante o Festival Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), a 19ª Mostra de Artesanato e Economia Solidária gerou o maior faturamento no ano de 2024, com retorno financeiro das vendas e encomendas de 56.608 criações artesanais, que resultou em um total de R$ 1.742.690,50 de lucro. Ao total, 1.213 artesãos foram beneficiados direto e indiretamente somente nesta edição.
Destaque nacional
As artes manuais do Amazonas se destacaram também nas feiras nacionais, a exemplo do 18º Salão do Artesanato de São Paulo, que rendeu lucro de R$ 485.657,00, e a 24ª Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte), em Pernambuco, que viabilizou o lucro de R$ 447.165,00 aos artesãos amazonenses em vendas e encomendas de produtos.
Destaque internacional
O Catálogo do Artesanato Amazonense, que reúne peças de cestaria, marchetaria e biojóias, foi destaque na maior feira de artesanato da América Latina, a Expoartesanías, em Bogotá, na Colômbia. A publicação é resultado dos laboratórios técnicos dos reconhecidos modelos colombianos de inovação e foi produzida pelo Governo do Amazonas em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp).
Foto: Jamille Silva/Setemp
Valorização
A diretora do Departamento do Artesanato e Economia Solidária (Daes), Claudia Monteiro, destacou a importância do setor artesanal e da economia solidária no Amazonas. “O artesanato e a Economia Solidária são alternativas viáveis de geração de renda, especialmente em tempos de crise financeira, quando muitos cidadãos migraram do emprego formal para o empreendedorismo”, ressaltou.