O período chuvoso favorece tanto a transmissão de vírus respiratórios quanto a proliferação do Aedes aegypti, exigindo atenção redobrada aos cuidados de prevenção

FOTO: Divulgação/FVS-RCP
Com o aumento das chuvas, cresce o risco de doenças como a dengue e as síndromes respiratórias. Diante desse cenário, a Fundação de Vigilância em saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) orienta, nesta terça-feira (30/12) a adoção de cuidados no dia a dia, que incluem a vacinação contra a Covid-19 e a Influenza, além da imunização contra a dengue, indicada para grupos mais vulneráveis.
Até o momento, o Amazonas registra 4.609 casos de dengue e 1.983 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a vírus respiratórios. A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, ressalta que o monitoramento da vigilância em saúde é permanente e ganha ainda mais sensibilidade durante o período chuvoso, permitindo a identificação oportuna de mudanças no cenário epidemiológico.
“Mesmo com a influência da sazonalidade em algumas doenças, é importante reforçar que muitas delas são evitáveis. A adoção de medidas simples, como eliminar água parada e manter a vacinação atualizada, contribui para reduzir o número de casos graves e a pressão sobre os serviços de saúde”, ressalta a diretora.
O diretor de Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Alexsandro Melo, explica que a REDE pública e privada de assistência à saúde está preparada para identificar e diferenciar as principais viroses que circulam neste período.
“Os sintomas podem ser semelhantes, mas o manejo clínico adequado faz toda a diferença na recuperação do paciente. Tanto nos casos de dengue quanto de gripe, por exemplo, a hidratação é uma medida essencial para melhorar o quadro clínico”, orienta.
Medidas de prevenção
As chuvas intensas favorecem o acúmulo de água em recipientes de diferentes tamanhos, o que amplia o risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue. O diretor de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, reforça que a eliminação dos focos ainda na fase inicial do mosquito é a estratégia mais eficaz.
“A fase larvária é o momento mais adequado para interromper o ciclo do mosquito. A identificação e eliminação da água acumulada em recipientes evita a formação de criadouros e a proliferação do vetor”, explica.
A FVS-RCP reforça que as medidas de prevenção contra vírus respiratórios são semelhantes, independentemente do agente causador, e incluem higienizar as mãos com frequência, evitar ambientes fechados e com aglomeração, utilizar máscara quando indicado e manter a vacinação em dia. Entre as vacinas disponíveis, está a mais recente contra doenças associadas ao Vírus Sincicial Respiratório, como bronquiolite e pneumonia, indicada para gestantes a partir da 28ª semana.
Em relação à dengue, a principal forma de prevenção continua sendo o combate ao mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de recipientes que acumulam água, como vasos de plantas, galões, pneus, garrafas, lixo descartado de forma inadequada, piscinas sem manutenção e até objetos pequenos, como tampas de garrafas.

