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Combinando música sinfônica, imagens em vídeo e interpretação lírica, o espetáculo transformou o Teatro Amazonas em uma experiência sensorial
FOTOS: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaO Teatro Amazonas recebeu, na noite de quinta-feira (03/07) um concerto especial que reuniu a Amazonas Filarmônica, o Coral do Amazonas e a mezzo-soprano Denise de Freitas, sob a regência do maestro Marcelo de Jesus. O programa apresentou a obra “O Mar Como Quem Vê”, do compositor Alexandre Guerra, e a cantata “Alexander Nevsky”, do russo Sergei Prokofiev. O espetáculo foi uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
A primeira parte da noite foi marcada pela estreia da obra de Guerra, composta em 2017 e inspirada no próprio Teatro Amazonas. Escrita originalmente para voz, orquestra e poemas em português, a peça ganhou uma versão inédita com coral, pensada especialmente para essa apresentação. Imagens do mar projetadas no palco, luzes cênicas e uma leve névoa completaram a ambientação.
“Mais do que um concerto, o que a gente quis foi criar uma imersão. Desde a entrada do público, o ambiente já convida a mergulhar nessa atmosfera do mar. Luz, som, imagem, tudo em sintonia”, explicou o compositor, que acompanhou os ensaios durante toda a semana. “Ver essa obra ganhando forma aqui, onde ela foi sonhada, foi como assistir ao nascimento de algo muito vivo”, acrescentou.
FOTOS: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaApós um intervalo, o concerto seguiu com a execução da cantata “Alexander Nevsky”, composta por Prokofiev em 1939 a partir da trilha sonora do filme dirigido por Eisenstein. A apresentação contou com projeções de cenas do longa-metragem e legendas traduzindo os textos cantados em russo.
A mezzo-soprano Denise de Freitas, brilhou na execução do ciclo de canções, composto especialmente para sua voz. Ao lado da orquestra e do coral, trouxe intensidade e delicadeza às palavras de Fernando Pessoa e Vicente de Carvalho, cujos poemas formam a espinha da obra.