A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de educação (Semed), realizou nesta segunda-feira, 29/9, na escola Municipal Aribaldina de Lima Brito, no bairro Val Paraíso, zona Leste da cidade, a exposição de encerramento do projeto “Da sala de aula à floresta 3D”, desenvolvido pelos 31 alunos do 3º ano B. A iniciativa uniu tecnologia, criatividade e educação ambiental em uma experiência única.
A proposta nasceu a partir de um desafio, como estimular o aprendizado em uma turma que apresentava dificuldades de desempenho e pouco contato com temas ligados à preservação ambiental. A solução encontrada foi transformar o estudo em uma jornada prática e inovadora, que percorreu diferentes etapas.
O ponto de partida aconteceu dentro da sala de aula e se expandiu em uma visita ao museu da Amazônia (Musa), onde os estudantes conheceram de perto a diversidade da floresta. De volta à escola, a experiência foi enriquecida com o uso de vídeos em 360° e com a exibição de um documentário em que um indígena abordava a importância da sustentabilidade.
Com esse embasamento, os alunos iniciaram a etapa mais aguardada: a construção de hologramas a partir de materiais reciclados, como caixas de ar-condicionado. O trabalho envolveu matemática, engenharia, artes, ciências e tecnologia, mostrando como diferentes áreas do conhecimento podem se conectar.
Cada estudante escolheu um ser vivo da biodiversidade amazônica para pesquisar e apresentar. Com apoio de aplicativos de modelagem 3D e Inteligência Artificial, produziram vídeos que deram vida a aves, peixes e outros animais da floresta, formando um aquário digital e uma exposição que encantou o público presente.
A coordenadora do Centro de Tecnologia Educacional (CTE) da escola, Marlicia de Souza, destacou a importância da iniciativa. “Esse projeto mostra que nossos alunos são capazes de ir muito além do que se espera quando encontram oportunidades. Eles aprenderam de forma prática, integrando tecnologia, ciência e consciência ambiental. O resultado é fruto do esforço coletivo e do protagonismo dos alunos, que se dedicaram em cada etapa”, ressaltou.
Além da escola, o projeto ultrapassou fronteiras. A equipe foi convidada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), para participar da 1ª Feira de Inovação, Ciência e Tecnologia da educação do Amazonas (Fictea), onde o aquário digital recebeu destaque. No âmbito municipal, o trabalho também concorre na feira de ciências da Semed, reforçando o potencial criativo dos estudantes.
As ações se estenderam ainda à comunidade, em uma intervenção no igarapé da região, onde alunos, famílias e moradores refletiram sobre a importância de preservar os cursos d’água que deságuam no rio Amazonas.
O gestor da escola, Jeckson Santos, destacou os impactos positivos do projeto. “O projeto trouxe aprendizagem significativa, com os alunos sendo protagonistas. Muitos nunca tinham ido ao Musa e ficaram encantados com a floresta amazônica. A partir daí, produziram os hologramas, pesquisaram e se dedicaram, o que melhorou o rendimento da turma e envolveu também as famílias. É uma educação de qualidade, que valoriza o protagonismo dos nossos estudantes”, disse o gestor.
A aluna do 3º ano B, Rebeca Beatriz Silva, 9 anos, contou o que mais aprendeu e gostou durante o projeto. “Eu aprendi sobre os peixes e a preservação do rio Amazonas. O que eu mais gostei foi principalmente, do aquário dos peixes, no Musa. Lá eu aprendi que a gente deve cuidar do rio e dos animais que vivem nele”, concluiu.
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Texto – Jordana Rodrigues/ Semed
Fotos – Divulgação / Semed