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Treinamento capacita pesquisadores para identificação precisa de vetores da malária
FOTOS: Letícia Araújo/FVS-RCPA Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) realizou, de 24 a 27 de fevereiro, um treinamento prático para identificação de anofelinos, mosquitos transmissores da malária. A capacitação teve como público os técnicos do Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do Instituto Leônidas & Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia).
O objetivo do treinamento, realizado na FVS-RCP, instituição da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), foi aprimorar as habilidades dos participantes na identificação das diferentes espécies de anofelinos em todas as fases de desenvolvimento, fortalecendo a vigilância entomológica e as estratégias de controle da malária na região.
Importância do treinamento
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou a relevância da capacitação para a vigilância epidemiológica. “A identificação correta dos vetores é essencial para o planejamento e implementação de estratégias eficazes de combate à malária. Este curso reafirma o compromisso da FVS-RCP com a qualificação de profissionais que atuam diretamente na vigilância entomológica”, afirmou.
O responsável técnico do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, enfatizou a importância da vigilância ambiental no controle de doenças transmitidas por vetores. “A vigilância entomológica é uma das principais estratégias para o controle de doenças, como a malária. Capacitações como essa qualificam profissionais e fortalecem o monitoramento das populações de mosquitos na Amazônia”, afirmou.
FOTOS: Letícia Araújo/FVS-RCPO facilitador do curso, Ronildo Alencar, subgerente de entomologia do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, também ressaltou a importância da capacitação. “A correta identificação dos anofelinos permite um direcionamento mais eficiente das ações de controle da malária. Este treinamento capacita os pesquisadores e técnicos a lidarem com a diversidade de espécies presentes na Amazônia”, explicou.
Metodologia aplicada
Participante do curso, a pesquisadora Monick Campos, da Fiocruz Amazônia, avaliou positivamente o treinamento. “A gente tem aprendido bastante. Nós também trabalhamos com colônia e insetário na Fiocruz. Então, a gente veio aqui para agregar mais conhecimento e saímos com uma bagagem grande”, disse.
O treinamento teve carga horária de 32 horas, combinando teoria e prática. As atividades incluíram aulas sobre características morfológicas dos anofelinos, uso de chaves de identificação, sessões de microscopia e discussões sobre a ecologia dos mosquitos na Amazônia. Além disso, foram abordadas técnicas de coleta e preservação de espécimes para que os profissionais possam aplicar o conhecimento adquirido em atividades laboratoriais e de campo.
Parceria científica
O treinamento faz parte das ações do Acordo de Cooperação Científica nº 34/2023 entre a FVS-RCP e a Fiocruz Amazônia, que visa fortalecer a colaboração e o intercâmbio técnico-científico entre as instituições. Com essa iniciativa, a FVS-RCP reafirma o compromisso com a qualificação profissional e o aprimoramento da vigilância entomológica na região amazônica.