O vereador Gilmar Nascimento (Avante), presidente da Comissão de Constituição, justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal de Manaus, conduziu nesta terça-feira (7 de outubro), a Audiência Pública conjunta das comissões de justiça e saúde, que debateu a implementação do exame DNA-HPV no Sistema Único de saúde (SUS).
A iniciativa do parlamentar reforçou seu compromisso com a saúde feminina e com o fortalecimento das políticas públicas de prevenção. Gilmar Nascimento destacou que o exame representa um avanço no diagnóstico precoce do HPV, vírus responsável pela maioria dos casos de câncer de colo do útero.
“O método NOVO de exame que está sendo implementado pelo SUS é muito mais eficiente, porque faz o rastreamento do DNA do papilomavírus humano. O Amazonas, infelizmente, não foi inserido na primeira fase de implantação e isso representa um prejuízo para as mulheres do nosso Estado. Por isso, reunimos aqui as maiores autoridades da saúde, municipais e estaduais, para compreender a eficiência, a sensibilidade e a eficácia desse exame, mas também para questionar o motivo da nossa exclusão inicial. A Câmara Municipal não PODE se omitir diante disso. Apresentei um requerimento aprovado por unanimidade nesta Casa, justamente para abrir esse debate e buscar soluções concretas”, afirmou o vereador.
A audiência contou com a presença de profissionais da saúde e especialistas, que ressaltaram a importância do exame para reduzir os índices de mortalidade feminina. Entre os participantes, esteve o diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon), Gerson Mourão, que explicou a relevância científica do NOVO método.
“Nós estamos diante de uma das maiores revoluções no combate ao câncer de colo do útero, com a chegada do exame de genotipagem. Esse teste genético identifica se a mulher está ou não contaminada com o HPV antes mesmo da formação de lesões. Isso significa um diagnóstico muito mais precoce e preciso. Além disso, quando o resultado é negativo, a paciente só precisa repetir o exame a cada cinco anos, o que traz um impacto enorme para a vida das mulheres, especialmente as que vivem no interior do Amazonas. É um avanço verdadeiro e também mais confortável para a mulher”, destacou Mourão.
Dados e rastreamento
De acordo com dados do Governo Federal, o Amazonas é um dos maiores estados com índice do vírus, cerca de 31 casos de câncer de colo de útero para cada 100 mil mulheres, quase o triplo da média nacional. Estudos também apontam alta prevalência do HPV, com índices de até 25,4% em comunidades ribeirinhas.
O exame DNA-HPV é um teste molecular que identifica o vírus com alta precisão e permite diagnóstico precoce, além de ampliar as chances de prevenção ele também substitui, gradualmente, o exame “papanicolau” que é um método de rastreamento do câncer de colo de útero. Quando o resultado é negativo, o intervalo entre os exames PODE chegar a cinco anos, otimizando os recursos do SUS.
Texto: Ana Calmont (assessoria de imprensa do parlamentar)