Gás natural é um recurso vital para o desenvolvimento econômico do Amazonas. Este recurso natural tem se tornado um pilar fundamental na transformação da economia local, como destacado pelo governador Wilson Lima durante um seminário em Brasília. Ele ressaltou a importância da quebra do monopólio do gás natural, explicando como essa mudança tem gerado empregos e renda no interior do estado.
O evento, intitulado ‘Energia e desenvolvimento regional: Convergência para o Brasil do Futuro’, reuniu líderes e investidores do setor energético, demonstrando a relevância do gás natural para o progresso social e econômico da região. Segundo o governador, ‘os investimentos são fundamentais para a segurança energética’ e o gás natural é um elemento crucial para o desenvolvimento sustentável do Amazonas.
Desde que a Lei do Gás foi implementada em março de 2021, o estado ganhou um NOVO marco regulatório que abriu o mercado para competição. Isso resultou na atração de investimentos privados que têm transformado a economia regional. Um exemplo notável é o Complexo Azulão 950, operado pela Eneva, que se tornou o maior projeto onshore de gás natural do Brasil. Este projeto é projetado para gerar até 950 megawatts de energia elétrica, suficiente para abastecer milhões de residências até 2026.
O gás natural não apenas impulsiona a economia, mas também promove a formação técnica no interior do Amazonas. O Centro de educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) lançou cursos técnicos para atender à demanda do setor, formando alunos em áreas como Técnico em Sistemas a Gás e Eletromecânica. Essa iniciativa não somente capacita a mão-de-obra local, mas também gera oportunidades de emprego, com 27 egressos já contratados pela Eneva.
Além disso, outro projeto inovador é o programa Elas Empreendedoras, que visa qualificar mulheres no interior do estado para abrir ou expandir seus próprios negócios. Isso tem fortalecido o empreendedorismo feminino e contribuído para a autonomia financeira nas comunidades impactadas pela cadeia energética.
Durante o seminário, o governador destacou o potencial do Campo do Juruá, que possui reservas estimadas de até 30 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Essa abundância de gás é essencial para a criação de um polo industrial de fertilizantes nitrogenados, o que impulsionará ainda mais a economia local.
Entretanto, o governador enfatizou os desafios logísticos enfrentados pelo estado. Com 80% das reservas de gás concentradas no campo do Juruá, a dificuldade de acesso a essa área representa um obstáculo significativo para a monetização do gás natural.
O Amazonas possui mais de 42 bilhões de metros cúbicos de reservas comprovadas, reforçando sua importância no cenário energético brasileiro. Com cerca de 56% das reservas onshore do país, o estado é um ponto focal na transição energética, integrando fontes renováveis e garantidas de energia.
O gás natural não apenas fornece energia; ele representa esperança para comunidades que ainda não têm acesso à eletricidade. Como o governador Lima afirmou: ‘Tem comunidades no Amazonas em que a gente não fala em transição porque lá nunca teve energia’. Essa nova realidade promete melhorar a qualidade de vida dessas populações, garantindo acesso ao que é considerado básico.
A Política Estadual de Transição Energética (PETEN), a ser lançada na COP30 em Belém, visa conectar esses esforços, com metas ambiciosas como a redução de 50% no consumo de diesel e a erradicação da pobreza energética até 2030. O seminário, promovido pela Eneva em parceria com o Poder360, oferece uma plataforma significativa para discutir o papel fundamental da energia no desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Em resumo, o gás natural é um catalisador essencial para a transformação do Amazonas, proporcionando não apenas energia, mas também oportunidades de emprego e desenvolvimento sustentável. O futuro do estado está intrinsecamente ligado a esse recurso natural, moldando sua economia e trazendo benefícios para as gerações futuras.
