Idam capacita extrativistas com o objetivo de promover práticas sustentáveis na Amazônia. Em 2025, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) deu continuidade ao seu compromisso com a educação e a capacitação de comunidades locais. Ao longo do ano, foram realizados dez cursos de capacitação em seis municípios amazonenses, resultando na certificação de 272 extrativistas.
Os cursos foram financiados pelo projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) e focaram em cadeias produtivas essenciais, como a borracha, a castanha da Amazônia e óleos vegetais. Isso mostra o esforço do Idam em capacitar extrativistas para um manejo mais consciente dos recursos. Durante os treinamentos, foram abordadas questões cruciais sobre o uso sustentável dos recursos naturais, Impactando diretamente as práticas dos extrativistas. Cada curso foi ministrado por técnicos das Unidades Locais (Unloc) do Idam, que têm vasta experiência na área e conhecem as necessidades específicas de cada região.
Os municípios que receberam as valiosas capacitações incluem Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Pauini. Essas localidades são fundamentais para a conservação da biodiversidade e para a promoção de práticas produtivas que respeitam o meio ambiente. Ana Paula Rebouças, gerente de Apoio à Produção Florestal Não-Madeireira (GPNM), destacou que o investimento total alocado para esses cursos foi de R$ 73.553, parte das metas do projeto ASL, que visa à coleta e extração de Produtos Florestais Não Madeireiros através de um manejo consciente.
Ana Paula também enfatizou a importância dessas capacitações para a manutenção da biodiversidade e a promoção de práticas produtivas sustentáveis. “O Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia é uma iniciativa do Governo Federal, que recebe financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente e é implementado pelo Banco Mundial. Este projeto é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e conta com a colaboração de diversas entidades governamentais”, explicou a gerente.
Além das capacitações, o projeto também se destaca por fortalecer a gestão integrada das paisagens amazônicas, promovendo a expansão das Unidades de Conservação, o fortalecimento dos mecanismos locais de governança e o investimento na recuperação dos ecossistemas.
Os participantes tiveram a chance de se aprofundar em temas pertinentes, como boas práticas de manejo da castanha, extração de látex de qualidade, e outros métodos para a extração de óleos vegetais. Essas práticas são essenciais para garantir não apenas a sustentabilidade da atividade extrativista, mas também a conservação da rica biodiversidade da Amazônia.
Luiz Rocha, chefe do Departamento de assistência técnica e Extensão Florestal (Datef) do Idam, acrescentou que a colaboração com o projeto ASL vai além das capacitações. O Idam oferece suporte nas atividades logísticas, fornecendo equipamentos, EPIs e insumos necessários para que os extrativistas possam desenvolver seu trabalho de forma segura e eficiente.
“Todas essas ações, financiadas pelo projeto, visam assegurar a conservação ambiental e fortalecer as práticas sustentáveis na Amazônia”, concluiu Luiz Rocha. Com o Idam capacitando extrativistas, a expectativa é de um impacto positivo no meio ambiente e nas comunidades que dependem da floresta para sua subsistência.
